Nova Odessa, SP – Após conquistar 3% de participação no mercado brasileiro em seu último ano fiscal, que se encerra agora em março, a Nissan colocou como objetivo subir um ponto porcentual no próximo exercício, de abril de 2023 a março de 2024. Quem revelou o planejamento foi Gonzalo Ibarzábal, presidente e diretor geral no Brasil, em sua primeira entrevista à Agência AutoData após assumir o cargo, em dezembro.
Sua projeção é a de um mercado de cerca de 2 milhões de automóveis e comerciais leves, com a possibilidade de chegar a 2,1 milhões de unidades caso um aquecimento comece no segundo e terceiro trimestres. Depois de bater nos 4% a Nissan promete subir mais um degrau, fechando o ano fiscal de 2024 com 5% das vendas.
Para isso estão nos planos a renovação e expansão do portfólio do mercado brasileiro, que Ibarzábal diz ser um dos mais importantes para a Nissan no mundo. A fábrica de Resende, RJ, que opera em dois turnos e produz apenas o Kicks, pode elevar o ritmo para aumentar o volume produzido, fator que abre oportunidade de crescimento também nas exportações, outro foco da companhia, que pretende usar a unidade como base exportadora. Para 2023 existe a expectativa de elevar os volumes embarcados:
“Este ano vemos boas oportunidades de avanço com o Kicks na região. Queremos aumentar os volumes nos países em que já estamos presentes, caso de Argentina e Paraguai. É o caminho mais fácil para elevar nossas exportações, mas também miramos novos mercados”.
Sobre possíveis impactos na produção por causa da falta de chips e da logística global o presidente revelou que sua matriz está cuidando das compras dos semicondutores, garantido os volumes para cada operação, assim como a logística para que os componentes estejam disponíveis quando necessário.