São Paulo – O cenário do setor de máquinas rodoviárias foi debatido com Alexandre Bernardes, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias da Abimaq, durante o último dia do Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2023. O executivo disse que a projeção é de queda, de 10% a 15%, para o mercado nacional até dezembro: “A grande questão é conseguirmos saber qual será o índice exato da retração”.
Bernardes acredita que os números do setor no ano, que acumula queda de 11,3% de janeiro a junho na comparação com o mesmo período de 2022, refletem o atual momento do mercado, com as empresas aguardando a sinalização do governo com relação ao novo pacote de investimentos em infraestrutura que deverá ser divulgado em breve. O marco do gás natural e do saneamento básico é visto com bons olhos, tanto para sociedade como para as fabricantes de máquinas, que deverão ter impulso nas vendas.
A definição dos investimentos que serão realizados no País nos próximos anos é muito importante porque trará previsibilidade para o setor de máquinas, mesmo que estejam previstos só para começar no ano que vem. Para Bernardes existe um forte trabalho do governo federal para conseguir terminar os estudos e lançar o programa de investimentos ainda no segundo semestre: “Acredito que seja possível o governo apresentar ainda em 2023 o seu novo projeto de investimentos em infraestrutura”.
O Brasil é o único País que produz máquinas rodoviárias na América Latina, sendo o grande responsável por abastecer os mercados da região, assim como Estados Unidos e Europa, que consomem muitas máquinas produzidas localmente. Para as exportações a Abimaq projeta estabilidade ante 2022.