São Paulo – O carro elétrico na visão no consumidor foi tema de debate durante o Seminário Megatendências 2023 – O Novo Brasil, organizado pela AutoData Editora. Contou com Cláudio Rawicz, diretor de marketing e comunicação da Audi no Brasil, e Rogério Markiewicz, presidente da Abravei, Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores. Ambos celebraram o bom momento que vive o segmento 100% elétrico no País, que saiu de 150 veículos em 2015 para uma frota de mais de 13 mil unidades em 2022, de acordo com o presidente da Abravei.
Para ele o crescimento será exponencial nos próximos anos mas a infraestrutura precisa seguir avançando para melhorar, assim como os preços precisam ficar mais acessíveis: “A mobilidade elétrica está ganhando força no Brasil e não só no automóvel: vemos muitas empresas usando comerciais leves elétricos para realizar entregas urbanas”.
A Audi, que está no seu segundo ciclo de investimento em carregadores no Brasil, sendo o primeiro de R$ 10 milhões e o atual de R$ 20 milhões, também entende que a infraestrutura é um ponto principal e, por isto, voltará a olhar para o que foi feito durante o primeiro ciclo: “Revisaremos as instalações de carregadores que fizemos em shoppings e supermercados para entender o que pode melhorar, pois o nosso compromisso também é com a infraestrutura”.
No ciclo atual de investimento a montadora instalará 42 pontos rápidos de recarga no Brasil, um em cada concessionária, que poderá ser usado por proprietários de veículos de outras marcas. Do volume total trinta carregadores já foram instalados e estão à disposição.
Mesmo sem uma política nacional de incentivos para mobilidade livre de emissões a Abravei acredita que as políticas de cada Estado têm ajudado na decisão de compra de modelos premium, nos quais os preços já estão muito próximos na comparação com igual veículo a combustão. Como exemplo ele citou o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul, que isentam do IPVA os veículos elétricos, fator que pode pesar na hora da compra.