São Paulo – A Vammo, startup fundada por um estadunidense e um britânico que escolheram o Brasil para iniciar sua operação de locação de motocicletas elétricas com trocas de baterias que evitam a espera pela recarga, anunciou a chegada dos primeiros protótipos dos gabinetes que oferecerão autoatendimento para troca das baterias. Também existe a intenção de nacionalizar esta tecnologia nos próximos anos, de acordo com Billy Blaustein, COO e co-fundador da empresa:
“O desenvolvimento do hardware e do software foi realizado globalmente, mas agora os primeiros protótipos chegarão e serão aperfeiçoados pela nossa engenharia nacional. E já temos planos para produzir tudo isso localmente: estamos de olho no mercado para contratar mais engenheiros e, no fim do ano que vem, produzir por aqui”.
O executivo lembrou que, mesmo com raízes nos Estados Unidos, a empresa é brasileira e quer desenvolver localmente suas soluções, considerada a única opção para ser mais competitiva e não sofrer com impostos de importação. A intenção é produzir localmente todo o gabinete de autoatendimento de baterias, assim como seu sistema de hardware e software: “O Brasil tem a tecnologia necessária para isso e queremos atender toda a América Latina a partir daqui”.
Até dezembro a Vammo importará de oitenta a noventa gabinetes, que ficarão espalhados pela cidade de São Paulo, em regiões de maior demanda. Algumas lojas físicas da Vammo, com troca manual das baterias, continuarão operando para oferecer aos clientes uma área com banheiro e cozinha, por exemplo.
A startup chegou ao Brasil no fim do ano passado e, no primeiro trimestre deste ano, conquistou 120 clientes, dos quais setenta utilizam toda a estrutura da Vammo, das motocicletas ao serviço de troca de baterias, e outros cinquenta de empresas que possuem suas motocicletas e baterias e utilizam apenas o serviço de substituição e a estrutura da Vammo.
A frota da empresa em dezembro era composta por cem motocicletas e agora já está em 125, sendo que 45 ainda aguardam o avanço da demanda para entrar em operação: “Expandiremos a frota conforme a nossa capacidade de trocas de baterias. A partir de 2024, quando os noventa gabinetes estiverem instalados, queremos iniciar um ritmo de importação de cem motocicletas por mês”.