São Paulo – A produção de motocicletas atingiu 155,1 mil unidades em maio, o melhor resultado do ano segundo balanço da Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares. Ao analisar apenas os resultados de maio trata-se do volume mais expressivo desde 2012, quando 171,7 mil unidades saíram das fábricas.
Em comparação a abril, quando foram produzidas 116,8 mil, houve expressivo avanço de 32,8%. Frente ao mesmo mês do ano passado, em que foi alcançada quantidade de 129,7 mil unidades, o incremento foi de 19,5%.
No acumulado de 2023 as 668,9 mil motocicletas produzidas representam alta de 17,5% sobre igual período em 2022.
Segundo Marcos Bento, presidente da Abraciclo, devido ao fato de o mês passado ter contado com 22 dias úteis foi possível equilibrar melhor a oferta e a demanda por esse tipo de veículo: “A motocicleta é uma opção ágil e econômica de deslocamento. Além disto tem vantagens, como menor valor de aquisição e baixo custo de manutenção, o que atrai novos consumidores”.
Quanto às vendas as 161,5 mil motos emplacadas em maio estão 33,5% acima do volume de abril, que teve 120,9 mil. Ante o mesmo mês de 2022, quando foram comercializadas 133,3 mil unidades, houve aumento de 21,1%. Foi o melhor resultado para maio desde 2011, 171,6 mil motos.
No acumulado dos primeiro cinco meses de 2023 houve 639,6 mil emplacamentos, 24% mais do que de janeiro a maio do ano passado, quando os licenciamentos alcançaram 515,7 mil unidades.
Bento atribuiu o bom desempenho do varejo ao crescimento da produção iniciado em abril – no quadrimestre a quantidade fabricada voltou a superar 500 mil unidades passados nove anos: “Estamos reduzindo eventuais filas de espera. As concessionárias puderam atender ao consumidor que aguarda por uma motocicleta”.
Quanto às categorias mais vendidas no acumulado do ano, assim como em maio, a street lidera, com 52,5% do mercado e 335,9 mil unidades. Na sequência vem a trail, com fatia de 18,7% e 119,4 mil unidades. E na terceira colocação estão as motonetas, com 13,3% e 84,7 mil unidades.
Apesar do otimismo do setor frente aos números crescentes Bento alertou que o cenário de manutenção das taxas de juros em patamar elevado, assim como a restrição do acesso ao crédito e a redução do poder aquisitivo da população, podem frear o aumento da procura por motos.