São Paulo – A isenção do imposto de importação para veículos elétricos será retirada, de forma gradual, ao longo de três anos, segundo afirmou o secretário de desenvolvimento industrial, inovação, comércio e serviços do MDIC, Uallace Moreira, à Agência Reuters. A ideia é que ao fim deste prazo retorne para os 35% atualmente aplicados nos veículos a combustão.
Moreira disse que o cronograma e outros pormenores ainda estão em debate internamente e o momento do retorno será decidido pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
“O que podemos fazer para estimular a produção local? Tornar as importações um pouco mais difíceis ou mais caras”, afirmou o secretário à Reuters.
Na semana passada o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, defendeu o retorno da alíquota, ainda que de forma gradual, como forma de desestimular a importação de elétricos por marcas chinesas. Nos últimos dias foi a vez da Comissão Europeia abrir uma investigação para impor mais tarifas aos carros chineses importados pelos países do bloco: segundo a organização é possível que existam subsídios estatais que beneficiam os produtores de veículos, que conseguem ingressar no continente a preços mais baixos.