São Paulo – Com falta de insumos, por não conseguir do governo a liberação de dólares para pagar seus fornecedores, empresas fabricantes de veículos instaladas na Argentina começam a pisar no freio e parar suas linhas. Segundo informações do Motor1 Argentina há mais de um mês o governo fechou completamente as importações de peças e insumos, tornando inviável a continuidade do ritmo de produção.
Reportagem do jornal El Cronista informou, citando fontes do setor que não quiseram ser identificadas, que desde 23 de outubro, um dia após o primeiro turno da eleição presidencial, as montadoras deixaram de ter acesso aos dólares para pagar seus fornecedores estrangeiros. A expectativa das empresas é que pelo menos até 10 de dezembro, quando o novo presidente assumir o cargo, não haverá novas liberações.
O La Nación citou, mantendo o sigilo de suas fontes, que representantes do governo atual, de Alberto Fernández, trocaram o número de telefone e não atenderam mais empresários e executivos.
Assim a Ford antecipou suas férias coletivas, programadas para junho de 2024, para dezembro. Segundo o El Cronista “ para “reorganizar o seu estoque e o dos fornecedores, que estão em situação crítica há mais de 45 dias”. General Motors, Stellantis e Volkswagen relataram dificuldades à reportagem, e Renault e Nissan interromperam a produção em Córdoba na semana passada.