São Paulo – Após fechar o ano passado com resultados superiores aos de sua última projeção, divulgada em outubro, a Fenabrave resolveu ampliar a aposta para o mercado brasileiro em 2024. Seu sempre otimista presidente, José Maurício Andreta Júnior, divulgou na quinta-feira, 4, sua perspectiva de alta de 12% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, acima do esperado pela Anfavea que, em dezembro, revelou estimativa de 7% de crescimento.
Em 2023 foram 2 milhões 308 mil unidades licenciadas e a Fenabrave projeta para 2024 2 milhões 585 mil. Destes 2 milhões 440 mil serão automóveis e comerciais leves, avanço de 12% sobre os 2 milhões 179 mil do ano passado: “No ano passado apenas 30% dos veículos leves vendidos foram financiados. Com a retomada do crédito este número vai aumentar e, consequentemente, o mercado crescerá”.
Para caminhões, que no ano passado registraram queda de 16,4% nas vendas por causa da mudança de legislação de emissões, somando 104,2 mil unidades, a perspectiva é elevar em 10% as vendas, para 114,5 mil unidades: “Este segmento terá números melhores. A recuperação já começou no fim do ano passado”.
O segmento de ônibus deverá ter avanço de 20% nas vendas, para 29,5 mil unidades, puxadas pelas encomendas do programa Caminho da Escola e pela recuperação dos ônibus rodoviários, um dos segmentos mais afetados pela pandemia e que demorou a se reerguer. Andreta citou o aumento das passagens aéreas, que ampliou a demanda por viagens de ônibus e faz com que as empresas tratem de renovar suas frotas.
Confiante sobretudo na retomada do crédito, pelo movimento feito pelo Banco Central de seguir com a redução da taxa básica de juros, e na manutenção do crescimento do PIB, o presidente da Fenabrave revelou estar ainda mais otimista: “Acredito que no meio do ano revisaremos estes números para cima”.
Em janeiro de 2023, ao anunciar expectativa de manutenção nas vendas com relação ao ano anterior, Andreta disse algo semelhante: “Nós, que temos o umbigo no balcão, conseguimos sentir a temperatura do mercado. São estes anos de experiência como concessionário que justificam o meu otimismo com relação ao crescimento”.