É triste a notícia do falecimento de Francisco Nélson Satkunas, vice-presidente da Anfavea como representante da HPE e que por pouco mais de quarenta anos trabalhou na General Motors ao lado de André Beer: foram amigos desde o seu primeiro dia de companhia. André confiava plenamente no amigo Chico e só lhe dava missões complicadas, em áreas de circunstâncias confusas. Reclamava muito das pedreiras que enfrentou mas dizia que, de qualquer maneira, pedreiras faziam sentido e não praias no Hawai.
Tinha 78 anos e morreu no fim da noite da terça-feira, 12, em São Paulo.
É triste não apenas porque lá se vai um dos pioneiros do setor de veículos no País mas porque, principalmente, nos fica, agora, apenas a lembrança do bom amigo. Na verdade ele sempre foi um muito bom amigo de AutoData. Sat foi daqueles que consultei a respeito da ideia de uma newsletter de nome AutoData meses antes do lançamento – e ele nunca nos deixou sozinhos.
Conhecemo-nos nos primeiros anos dos 80 quando ele era o responsável pelo Consórcio Chevrolet e eu trabalhava na revista Quatro Rodas. Ficamos logo amigos por termos a mesma opinião sobre a culinária e a mesa cheia de copos e de garrafas dos lituanos e de seus descendentes. Falávamos pouco de política e muito a respeito de suas experiências na indústria de veículos, das pessoas, dos amigos e dos nem tão amigos. Ninguém, como ele, sabia apreciar o motorzinho de uma bicicleta motorizada.
Satkunas integrou o conselho de Plascar por quase dez anos, integrou comissões internas da Anfavea e foi um dos fundadores da SAE Brasil. Era engenheiro mecânico formado pela FEI e pós-graduado pela FGV.