São Paulo – O diário O Estado de S. Paulo, na sua edição da terça-feira, 5, confirmou a morte do físico Augusto Cezar Saldiva de Aguiar. Ele morreu de causas não declaradas em 30 de junho e foi velado na Funeral Home de Perth, Capital da Austrália Ocidental. No Brasil destacou-se pelo seu trabalho na Scania e na vida associativa, como grande incentivador e fundador da AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, que presidiu.
Ao se aposentar dedicou-se a atividades privadas, sempre relacionadas às suas áreas de interesse, particularmente a inteligência artificial, por meio da Tecknowledge International.
Conheci-o na década dos 1980, quando trabalhava na revista Quatro Rodas: ele era dos poucos especialistas em mobilidade – vejam: ele já utilizava a palavra mobilidade quarenta anos atrás! – que ficavam muito à vontade para falar do álcool carburante e do óleo diesel, seu interesse mais direto, e de células de combustível. Divertia-se quando o qualificavam como engenheiro.
Ele foi dos primeiros colaboradores da newsletter AutoData, já em 1992, daqueles retratados a bico de pena, sempre escrevendo sobre mobilidade e energia, sobre o bug do milênio em 1999, sobre interferências eletromagnéticas…
Com a AutoData Editora em pleno processo de crescimento convidei-o a coordenar a publicação AutoData Tech, edição mensal dedicada à mobilidade e às ciências. Foi um sucesso editorial e um fracasso comercial: começamos em outubro de 1995 e chegamos à quarta, e última, edição em janeiro seguinte. Era empolgante lidar com a Tech pela qualidade de conhecimento que fomentava.
Música era outra área de seus interesses: pianista exímio foi produtor de CDs com a marca CDA, de Contemporary Digital Arts, pequenas obras-primas do jazz e da música clássica. Dedicou-se, igualmente, à culinária por meio de uma escola que ensinava a processar e a produzir alimentos.