São Paulo – Fornecedora de placas fotovoltaicas, produzidas em Campinas, SP, de carros, ainda importados da China mas com produção prometida para Camaçari, BA, e chassis de ônibus, também montados no Interior paulista, a BYD anunciou a entrada em um novo segmento: o de carregadores veiculares. Na sexta-feira, 22, no Parque Villa Lobos, em São Paulo, Stella Li, CEO da BYD Américas, apresentou seu portfólio e a intenção de seguir perseguindo a descarbonização, um dos grandes objetivos da BYD global e que é replicado em sua operação brasileira.
Os carregadores, na verdade, completam o que a companhia chama de ecossistema de recarga. Ela vende, agora, todo um sistema de carregamento de veículos usando apenas energia limpa, ao combinar seus carregadores com as placas fotovoltaicas, que captam a energia do sol, e baterias que armazenam a energia gerada durante o dia.
Mas os carregadores podem ser instalados também na rede elétrica comum. São dois carregadores AC, um de 7kwh e um de 22 kwh, três modelos DC, um de 60kw, um de 120kw e um de 180kw, e um grid zero, de 210kw, que agrega uma bateria que armazena a energia da rede enquanto o carregador não está funcionando e promete carregar as baterias dos carros em prazo reduzido. Os modelos serão comercializados para pessoas físicas e jurídicas.
Em paralelo a BYD pretende fomentar novas parcerias em recarga. Para facilitar a vida de seus clientes lançará nos próximos dias o aplicativo BYD Recharge, que proverá informações a respeito de pontos de recarga espalhados pelo País. Este foi desenvolvimento conjunto com a Tupinambá.
Com a Raízen Power a ideia é expandir os hubs de carregamento elétrico. Stella Li citou como exemplo um pátio da Shell, uma das marcas da Raízen, com 258 carregadores próximo ao aeroporto de Shenzhen, China, com capacidade de carregamento para 3,3 mil carros/dia com energia gerada pelo sol.
Lá o carregamento deixou de ser um problema com a expansão da rede – os chineses dispõem hoje de mais de 9 milhões de carregadores, 64% a mais do que no ano passado: “Nossa intenção é replicar esse sucesso da China no Brasil”.