São Paulo – A indústria automotiva está com 1,2 mil contêineres de peças e equipamentos parados em portos aguardando liberação por auditores fiscais do Mapa, Ministério da Agricultura e Pecuária. Estes servidores, assim como os do Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, estão mobilizados em protesto buscando melhorias em suas carreiras e desde janeiro tornam mais lenta a liberação de mercadorias.
No caso do setor automotivo eles são responsáveis pela conferência dos contêineres, para checar se os itens importados estão respeitando todas as exigências sanitárias. Como o fluxo de chegada de contêineres no Brasil é muito grande surgiu este gargalo operacional, um novo entrave que não era esperado pela Anfavea, segundo seu presidente Márcio de Lima Leite: “Já temos diversos problemas locais para superar, como a crise no Rio Grande do Sul, e agora estes componentes parados prejudicam a nossa produção”.
De acordo com dados da entidade dos 1,2 mil contêineres parados 82% são de peças e componentes dedicados à produção de veículos leves e pesados e 18% de itens para a produção de máquinas agrícolas e rodoviárias.
Além do problema de peças com o Mapa existe o desafio dos veículos importados parados nos portos, que aguardam a liberação da licença de importação, emitida pelo Ibama para veículos com motores a combustão e híbridos produzidos em outros países.
No começo de maio a Anfavea contabilizou 47 mil veículos parados. Nas últimas semanas, porém, houve um andamento positivo na liberação da licença que derrubou para 17,3 mil o número de carros aguardando autorização para ingressar no País.