São Paulo – Saíram das linhas de produção da Stellantis, em outubro, no Brasil, 100 mil veículos, o maior volume mensal em sua história na América do Sul. A companhia mantém fábricas em Betim, MG, Goiana, PE, Porto Real, RJ, e El Palomar e Córdoba, Argentina.
No mês passado foram comercializadas 71 mil unidades das marcas da Stellantis e, de janeiro a outubro, 608 mil, o que corresponde a 29,5% de participação nas vendas do País.
São Paulo – A Fendt iniciou operação de vendas de máquinas agrícolas na Argentina, com a inauguração de três pontos de vendas na região de Buenos Aires. O avanço faz parte do plano de expansão da empresa na América do Sul, que chegou ao Brasil em 2019 e já abriu 39 revendas, além de duas no Paraguai.
Na Argentina a Fendt chega com quase todo o seu portfólio, que inclui tratores, pulverizadores e colheitadeiras. O mercado é visto como estratégico para o crescimento da empresa, uma vez que o agronegócio argentino representa 23% do PIB do país.
São Paulo – A BYD montou 363 Dolphin Mini no primeiro mês de operação da fábrica de Camaçari, BA, inaugurada em outubro. A unidade já abastece concessionárias de diversas regiões do País: na segunda-feira, 3, mais um lote, com 87 unidades, foi enviado à rede.
A empresa também montará unidades do King e do Song Pro na Bahia. O sedã será o próximo a integrar os lotes que chegarão à rede de revendedores BYD.
Após encerrar os três últimos anos com crescimento consecutivo em patamares cada vez mais elevados, superando as projeções do mercado, a economia brasileira segue resistente, deve manter trajetória de crescimento, ainda que em patamar mais comedido. Desta vez economistas preveem que o PIB, outra vez, consiga driblar os juros altos e os efeitos externos, encerrando o ano com taxa de expansão em torno de 2% – pela primeira vez em três anos mais perto das previsões dos economistas.
Dentre os fatores que impulsionam a atividade econômica está a agropecuária, a indústria extrativista e o setor de serviços. Outro aspecto positivo é o baixo desemprego, que recuou para 5,6% no trimestre encerrado em agosto, repetindo o menor nível da série histórica da PNAD Contínua, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, iniciada em 2012 pelo IBGE.
Mas a previsão é de que a economia, atacada pela taxa de juro extremamente elevada, desacelere neste segundo semestre. Ainda assim o ano deve encerrar com saldo positivo. O IBGE já apontou a desaceleração do PIB no segundo trimestre, período que registrou alta de apenas 0,4%, bem baixo do 1,3% contabilizado de janeiro a março.
Embora o mercado de trabalho e o rendimento das famílias tenham apresentado melhora significativa a taxa Selic em 15%, no maior nível desde julho de 2006, atua como instrumento de retração de consumo, dos investimentos produtivos, dos financiamentos e provoca o aumento do endividamento e da inadimplência.
PROJEÇÕES CONTRAÍDAS
Esta reportagem foi publicada na edição 426 da revista AutoData, de Outubro de 2025. Para ler ela completa clique aqui.
São Paulo – Pelo segundo mês consecutivo as vendas de caminhões superaram o resultado mensal anterior, desta vez em 9% com relação a setembro, com 10,4 mil unidades. Porém, na comparação com outubro de 2024, foi registrado recuo de 11,6% – à época foram comercializadas 11,8 mil unidades. E, de novo, o respiro não foi suficiente para que, no acumulado do ano, o saldo ficasse positivo: os 92,3 mil emplacamentos ainda estão 8% aquém dos dez meses do ano passado, 100,3 mil unidades. Foi o que apontou balanço divulgado pela Fenabrave na terça-feira, 4.
Na avaliação do presidente da entidade, Arcélio Júnior, os negócios com caminhões estão condicionados a uma dinâmica de investimentos complexa, dada à volatilidade atual em segmentos como agronegócio, construção e indústria: “Os dois últimos meses foram positivos, o que pode amenizar a expectativa de queda este ano”.
Em julho a Fenabrave revisou as perspectivas para as vendas de caminhões em 2025 de crescimento de 4,5%, com 127,6 mil unidades, para queda de 7%, totalizando 113,5 mil veículos emplacados.
Caminho da Escola começa a esgotar pedidos
Foram emplacados em outubro 2,4 mil ônibus, 4,4% acima dos 2,3 mil vendidos em setembro. Embora o resultado tenha ficado 23% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, 3,1 mil unidades, no acumulado de janeiro a outubro os emplacamentos somaram 23,6 mil veículos, 3,9% acima de igual período de 2024.
Arcélio Júnior afirmou que o segmento vem apresentando redução de crescimento ao longo do ano, o que pode ser justificado, em parte, pelo fato de os pedidos do programa do governo federal Caminho da Escola estarem se esgotando, mesmo que ainda esteja sustentando as vendas de ônibus.
Outro ponto levantado é que tem havido menor investimento por parte de empresas de transporte e turismo, o que igualmente contribui para frear os resultados do segmento, que apresenta dados acumulados abaixo dos estimados para este ano: foi projetada alta de 6%, para 29,3 mil unidades.
“Ainda é possível alcançarmos recuperação gradativa, levando o segmento a uma possível elevação de até 6% neste ano, conforme o esperado.”
São Paulo – O programa Carro Sustentável continua contribuindo para o crescimento das vendas de veículos no mercado brasileiro. Segundo a Fenabrave desde sua criação, em 11 de julho, ao fim de outubro foram emplacadas 163,4 mil unidades, o que representa avanço de 26,1% dos modelos e versões participantes.
De acordo com Arcélio Júnior, presidente da entidade, o resultado poderia ser melhor se não fossem as altas taxas de juros: “Apesar desses entraves notamos que o programa Carro Sustentável tem sido positivo para os segmentos, alavancando as vendas dos veículos contemplados pelo programa e aumentando o fluxo de loja nas concessionárias”.
Com impulso do programa as vendas chegaram a 2 milhões 171 mil unidades até outubro, expansão de 2,3% na comparação com igual período do ano passado. Em outubro, que foi o melhor mês de vendas de 2025, foram emplacados 260,8 mil veículos, queda de 1,6% com relação a outubro do ano passado e expansão de 7,2% sobre setembro.
A média diária avançou para 11,3 mil contra 11,1 mil em setembro, mas ficou abaixo das 11,5 mil vendas/dia registradas em idêntico mês do ano passado:
“O ritmo diário foi levemente superior ao de setembro e o fato de outubro ter tido um dia a mais ajudou no resultado. Observamos, também, o crédito operando de forma mais funcional, o que tem ajudado a converter intenção em venda”.
Campinas, SP – Com duas versões, uma híbrida e uma elétrica, o C10 abre os trabalhos da Leapmotor no mercado brasileiro. Bem completas e com bastante oferta de tecnologia e sistemas de segurança, bem no estilo chinês que ao qual o consumidor local vem se acostumando, chama a atenção os preços: R$ 189 mil 990 o 100% elétrico e R$ 199 mil 990 o híbrido, com a tecnologia REEV, que mantém a tração elétrica por todo o tempo e um motor a combustão para recarregar as baterias.
São valores agressivos para um SUV com 4 m 739 de comprimento, 2 m 825 de entreeixos e 1,9 m de largura. A Leapmotor deve competir com o BYD Yuan Plus, o GAC Aion V e o Geely EX5 nos elétricos e com o BYD Song Plus, o Haval H6 PHEV19 e o Jaecoo J7 nos híbridos.
Montado sobre a plataforma Leap, na China, o C10 tem 218 cv na versão BEV e 215 cv na REEV, com 320 Nm de torque imediato. A autonomia? 338 quilômetros, pelo Inmetro, na elétrica, e mais de 950 quilômetros na WLTP com o híbrido.
Não à toa a marca usou o termo ultra-híbrido para se referir ao REEV. Trata-se de um veículo 100% elétrico com extensor de autonomia, tecnologia inédita para a Stellantis, que complementa o leque de eletrificações oferecidas por aqui: MHEV, HEV, PHEV, REEV e BEV. Mas a tração do carro, traseira – algo incomum para modelos da China – é sempre feita pelo motor elétrico.
O propulsor 1,5 litro a gasolina funciona apenas para carregar as baterias, que também podem ser recarregadas na tomada. Em percurso de 200 quilômetros nas rodovias paulistas a reportagem da Agência AutoData fez uma mescla: foi com o modo de direção 100% elétrico, sem ligar o motor. Retornou com o modo a combustão, com o motor fazendo o trabalho de alimentar a bateria. Na chegada paramos em um posto de combustível para ver quanto de gasolina foi consumido: 1 litro.
Sem botões
O C10 BEV difere do C10 REEV pela ausência da tampa do tanque de combustível do lado direito. No melhor estilo chinês o visual interno do C10 é minimalista e são poucos os botões, algo que pode incomodar muita gente – bem, pelo menos a este repórter incomodou.
Para mexer no espelho retrovisor, nos bancos do motorista e do passageiro, no controle do ar-condicionado, dentre outras funções, é preciso explorar a tela de 14,6 polegadas. É intuitiva, personalizável, mas pode ser perigoso dependendo da ocasião. O ponto positivo é que existem dois botões no volante que podem ser usados como atalho para as funções que o cliente desejar. É possível também comandar tudo por meio de aplicativo no smartphone.
Outra tela está posicionada no painel, onde algumas funções como autonomia, velocidade e o que o cliente desejar personalizar podem ser facilmente visualizadas. E, internamente, é isto.
O C10 dá a possibilidade de instalar aplicativos de navegação e música, tem internet nativa e oferece um bom pacote de ADAS, com assistente de centralização na faixa, piloto automático inteligente, detecção de colisão e frenagem dianteira.
Por fora o destaque está para a roda de 20 polegadas e a assinatura traseira em LED que percorre toda a tampa do porta-malas. É um carro que chama a atenção pelo seu porte.
B10 em janeiro
No começo de 2026 chega às concessionárias o B10, apenas em versão BEV. O preço também foi divulgado: R$ 172 mil 990. O motor elétrico alcança 218 cv com 240 Nm de torque. Pormenores, porém, só mais adiante.
A Leapmotor oferece quatro anos de garantia para os dois modelos.
Campinas, SP – As marcas chinesas representam cerca de 10% dos emplacamentos no mercado brasileiro, em sua maioria de modelos eletrificados. É nesta faixa de mercado, que cresce mês a mês, que a Leapmotor, nova marca da Stellantis que estreia no Brasil com o C10, SUV grande com opção híbrida e elétrica, direciona seus esforços.
O portfólio da Leap, como vem sendo chamada pelos seus executivos, será formado apenas por modelos eletrificados e, ao menos neste primeiro momento, SUVs. Como vem sendo feito pelos outros chineses. Mas a marca da Stellantis vem com menos sede ao pote, comparado com algumas de suas conterrâneas que chegaram com portfólio amplo e meta ambiciosa de abertura de concessionárias.
O plano é crescer de forma sustentável, como explicou Fernando Varela, responsável pela marca na América do Sul. Neste momento de lançamento da marca são 36 as concessionárias abertas, com cobertura de mais de 80% do mercado eletrificado nacional, segundo ele. As duas versões do C10, já disponíveis, ganham a companhia do B10, outro SUV mas só com versão BEV, em janeiro.
“O primeiro passo é o posicionamento da Leap: estabelecer a rede, com 36 lojas de grupos que já trabalham com outras marcas da Stellantis. Desejamos um crescimento saudável para a Leap e para a rede. Conforme for crescendo o portfólio, a rede poderá crescer”.
Muitas das revendas compartilham estrutura com outras marcas Stellantis, embora o showroom seja exclusivo. Abrir pontos de vendas em shopping centers é uma possibilidade.
Mas, com relação aos próximos passos, o executivo fez mistério em conversa em Campinas, SP, onde a Agência AutoData teve oportunidade de ver e dirigir o C10. Não negou e nem confirmou possibilidade de produção local, mas deixou claro que é algo inerente nos planos da Stellantis. Confirmou, sem dar números, mais lançamentos e a expansão, em 2026, para outros mercados na região – a estreia foi no Chile e no Brasil.
No mais, a resposta seguiu a mesma: “No momento certo informaremos”.
São Paulo – O IHR, Instituto Hercílio Randon, realizou 290 registros de patentes junto ao INPI, Instituto Nacional da Propriedade Industrial, nos últimos anos, o que o coloca entre os maiores depositantes de instituições privadas do Brasil.
Dedicada à inovação e ao desenvolvimento de tecnologias disruptivas, a instituição emprega noventa pesquisadores distribuídos em três unidades de pesquisa, em Caxias do Sul, RS, Farroupilha, RS, e Florianópolis, SC, e conduz mais de quarenta projetos relacionados ao avanço da mobilidade e da indústria nacional.
Em parceria com as Unidade de Negócio da Randoncorp, o IHR tem, entre seus principais cases, o projeto e-Sys, sistema de tração elétrica auxiliar para semirreboques, o conceito Randon Solar, que combina geração distribuída por painéis fotovoltaicos, conectividade embarcada e gestão inteligente de energia, e a plataforma Randon Smart, que integra sensores inteligentes e sistemas de telemetria.
Desenvolve ainda compósitos estruturais comercializados pela Composs que reduzem a massa dos equipamentos e contribuem à descarbonização das operações. A pesquisa em nanopartículas de nióbio, em parceria com a Nione, permite a modulação de propriedades físico-químicas, ampliando o desempenho de materiais convencionais e promovendo uso mais eficiente de recursos naturais.
São Paulo – Depois do resultado de vendas até outubro o segmento de veículos seminovos e usados revisou para cima suas expectativas para o ano: 18 milhões de unidades comercializadas, de acordo com a Fenauto, entidade que representa os revendedores.
No ano passado foram vendidos 15,7 milhões de veículos usados, o recorde do segmento. A Fenauto já projetava um novo recorde em 2025, com vendas de 16 milhões a 17 milhões de unidades. Só que de janeiro a outubro já foram vendidos 15,2 milhões de usados e seminovos, crescimento de 17% na comparação com igual período do ano passado.
Apenas em outubro as vendas somaram 1,8 milhão de unidades, crescimento de 50% sobre outubro do ano passado e de 4% sobre setembro.