Grupo Iveco investe R$ 93 milhões em centro de distribuição em Pouso Alegre

São Paulo – O Grupo Iveco anunciou investimento de R$ 93 milhões em um novo centro de distribuição de peças que será construído em Pouso Alegre, Sul de Minas Gerais.

O CD ocupará espaço de 20 mil m² e contará com tecnologia de ponta, uma vez que o objetivo é transformar o local em hub estratégico para melhor conectar clientes e fornecedores e expandir sua operação logística.

De acordo com a companhia o novo centro será operado com gestão completa do operador logístico, responsabilizando-se pela infraestrutura predial e logística além da movimentação e manuseio de materiais.

Porsche investe R$ 70 milhões para instalar 66 eletropostos ultrarrápidos

São Paulo – A Porsche anunciou investimento de R$ 70 milhões para instalar 66 eletropostos ultrarrápidos, de 150 kW, em pontos estratégicos de rodovias em todo o Brasil até 2028. O projeto tem parceria dos seus concessionários e da GreenV, empresa especializada na instalação de carregadores para veículos eletrificados.

Cada eletroposto terá dois conectores: um será dedicado apenas a veículos Porsche e o outro poderá ser usado por donos de modelos elétricos e híbridos plug-in de outras marcas. Para utilizar será necessário baixar um aplicativo, que pode organizar uma fila virtual caso os dois conectores estejam sendo usados. 

O primeiro eletroposto do projeto já está disponível para os usuários, instalado no KM 57 da Rodovia Castelo Branco, no restaurante Quinta do Marquês. Com o novo investimento a Porsche chegará a 104 carregadores ultrarrápidos instalados no Brasil, a empresa do setor automotivo com mais unidades deste tipo.

Estes 104 eletropostos se juntarão aos 23 pontos de recarga que a Porsche mantém em suas concessionárias, dentre os quais os oito mais rápidos da América do Sul, de 350 kW.

Gravata Chevrolet é a chancela do Spark, o elétrico chinês

Brasília, DF – Empresas fabricantes com origem na China tomaram conta do mercado brasileiro de veículos 100% elétricos. Dos cerca de 45 mil BEV vendidos de janeiro a agosto 38,5 mil trazem um emblema de marca chinesa na grade frontal, segundo dados da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico. A maior parte, 34,5 mil, BYD.

A expectativa da General Motors, que começa a trazer, da China, o SUV Spark, com dimensões e preços que o colocam como rival de alguns dos elétricos mais vendidos por aqui, é a de que o segmento some mais de 70 mil unidades no ano: “É o tamanho dos sedãs médios”, destacou Paula Saiani, diretora de marketing de produto da GM América do Sul.

É o terceiro passo do planejamento de eletrificação do portfólio Chevrolet, iniciado em 2019 com a importação do Bolt EV e Bolt EUV e fortalecido no ano passado, com a chegada do Equinox EV e a Blazer EV. O objetivo agora, segundo Saiani, é fazer volume.

O Spark tem as credenciais para cumprir este objetivo. Embora homologado apenas para quatro passageiros tem design atraente e 4 m de comprimento, 2 m 560 mm de entreeixo e 1 m 760 mm de largura. O preço, promocional de lançamento, R$ 159 mil 990, o posiciona para concorrer na faixa intermediária do Dolphin ao Dolphin Plus, com o diferencial de ser SUV.

A outra aposta é a chancela de uma marca que existe há 100 anos no mercado brasileiro. O respaldo da gravata no para-choque dianteiro, avalia Saiani, será um diferencial na hora daquele consumidor ainda ressabiado com os elétricos optar por comprar um veículo a bateria.

A engenharia local trabalhou bastante na adaptação do modelo para o mercado local. Segundo a GM o Spark vendido aqui é exclusivo para os brasileiros. Tem itens não muito comuns para a faixa de preço, como o sistema que reconhece o motorista pela chave e prepara o veículo para seu uso. Ademais, traz sistema multimídia de 10,1 polegadas, compatível com Apple CarPlay e Android Auto, e dois espaços para guardar bagagens, no porta-malas e no capô dianteiro.

Chevrolet Spark EUV 2026

O motor elétrico, dianteiro, alcança 101 cv e o torque é imediato de 180Nm. A bateria de 42 kWh oferece autonomia de 258 quilômetros pelo ciclo do Inmetro.

O desempenho, testado nas ruas de Brasília, DF, não traz grandes novidades para quem já está acostumado com elétricos importados da China: direção suave, silenciosa, sem grande emoção, mas com resposta rápida à aceleração e frenagem. É divertido e gostoso de guiar e os sistemas ADAS dão um toque extra de segurança, embora em velocidades mais altas gere desconfiança. Feito sob medida para o uso urbano, como se propõe.

A projeção é vender cem unidades por semana, de início, com as importações do carro completo. Em novembro ele deverá começar a ser montado em Horizonte e substituir gradualmente as importações CBU pela montagem local. E, se a demanda for maior, a China consegue ampliar sua produção para abastecer o mercado.

Plano da GM é substituir importação do Spark CBU pelos kits SKD

Brasília, DF – Com o início da operação de montagem do Chevrolet Spark no Pace, Polo Automotivo do Ceará, em Horizonte, pela Comexport, a tendência é que o SUV 100% elétrico, hoje importado da China, deixe de ser trazido em CBU, sigla para completamente montado. A intenção da General Motors, segundo o vice-presidente Fábio Rua, é substituir todo o volume por kits SKD, sigla para parcialmente desmontado, e abastecer o mercado brasileiro com os Spark cearenses.

Em paralelo, afirmou, será feita gradualmente a localização de alguns componentes: “Já estão abertas conversas com fornecedores”, disse à reportagem da Agência AutoData pouco após o anúncio, feito pelo presidente Santiago Chamorro. Ele salientou, porém, que toda a negociação está sendo feita pela Comexport, que será a responsável pela montagem local.

Segundo Rua a GM contratou os serviços da Comexport: “Eles importarão os kits e farão a montagem em Horizonte, com a nossa supervisão e garantia de qualidade. Nós pagaremos a eles por cada unidade montada”.

Alguns componentes já devem ser nacionalizados rapidamente, ponderou, sem entrar em pormenores. O volume deverá girar em torno de cem unidades por semana, que é a projeção de vendas para o modelo. Mais à frente, segundo Rua, é possível que outros modelos sejam nacionalizados no mesmo molde.

A projeção é que a operação com a GM seja iniciada em novembro. Segundo Rodrigo Teixeira, vice-presidente da Comexport, as máquinas estão sendo instaladas.

É possível que o Spark seja o primeiro 100% elétrico montado no Brasil, pois a fábrica da BYD em Camaçari, BA, ainda não entrou em operação oficial. Lá será montado, em processo semelhante, o Dolphin Mini.

Para Anfavea 2026 ainda é imprevisível

São Paulo – “Ainda não consigo entender nem o próximo mês, então prefiro não afirmar nada sobre 2026.” Assim Igor Calvet, presidente executivo da Anfavea, que reúne os fabricantes de veículos instalados no País, não respondeu ao questionamento sobre como se desenha o desempenho do setor no próximo ano diante do quadro atual de retração no mercado interno, principalmente dos modelos nacionais, que de janeiro a agosto acumulam queda de 9,3% nas vendas ao varejo.

Calvet justificou sua cautela apontando a volatilidade do cenário atual: “No fim de 2024 prevíamos que a Selic [juro básico] subiria para 12%. Hoje já está em 15% e deve ficar assim, no mínimo, até o fim do ano. Temos também a situação das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, que mudam a todo momento e afetam a economia. O custo da energia subiu além do esperado. É difícil prever qualquer coisa diante de um quadro tão volátil”.

O dirigente lembrou ainda que há apenas um mês, no início de agosto, a entidade revisou suas projeções para este ano, reduzindo de 6,3% para 5% a estimativa de crescimento das vendas domésticas de veículos em 2025, principalmente por causa da queda expressiva do mercado de caminhões, cujo recuo já chega a 6,7% nos emplacamentos acumulados de janeiro a agosto.

“Mas agora em setembro já vimos que o mercado cresceu só 2,8% [em oito meses], está abaixo das nossas expectativas”, disse Calvet. Ele já admite, inclusive, que se o ritmo não mudar as projeções terão de ser revisadas para baixo não só para caminhões mas para o mercado total de veículos leves e pesados.

Andrea Serra, diretora de tributos e comércio exterior da Anfavea, acrescentou que “as vendas de varejo em queda são um sinal de alerta” que puxam as projeções para baixo: “Acompanharemos de perto este comportamento de volatilidade do mercado para poder definir projeções sustentáveis para 2026”.

Produção de chassis de ônibus cresce 12% no acumulado até agosto

São Paulo – Os fabricantes de ônibus produziram 21,2 mil chassis de janeiro a agosto, o que representa acréscimo de 11,7% na comparação com o mesmo período de 2024, quando saíram das linhas 19 mil unidades. Os dados foram divulgados pela Anfavea durante entrevista coletiva à imprensa na terça-feira, 9. Em agosto os 2,6 mil chassis fabricados ficaram 20,9% acima dos 2,2 mil do mesmo mês do ano passado. Com relação a julho, porém, quando foram produzidas 2,9 mil unidades, houve recuo de 9,9%.

Assim como ocorreu com caminhões boa parte do desempenho positivo do ano pode ser atribuída às exportações, de acordo com o presidente executivo da Anfavea, Igor Calvet. As exportações do período avançaram 57,7% e totalizaram 4,5 mil ônibus – de janeiro a outubro de 2024 foram somadas 2,9 mil unidades. 

Em agosto as exportações de 695 ônibus praticamente dobraram, ao crescerem 94,1% em comparação ao mesmo mês do ano passado, 358 unidades. Frente a julho, que contou com 599 embarques, houve alta de 16%. 

Caminho da Escola segurou vendas até agosto

Quanto às vendas foram contabilizados 15,7 mil ônibus nos oito meses de 2025, 14,4% acima das 13,7 mil do mesmo período de 2024. Segundo Calvet o programa do governo federal que prevê a renovação de frota de transporte escolar a regiões rurais e de difícil acesso é o maior responsável pelo desempenho: 

“Em torno de 70% das vendas são sustentadas pelo Caminho da Escola, o que puxou quase todo o crescimento até agora”.

No mês passado os emplacamentos alcançaram 1,7 mil unidades, 28,5% aquém na comparação anual, frente às 2,4 mil unidades de agosto do ano passado, e 27,8% abaixo na mensal, com relação às 2,3 mil unidades de julho. A desaceleração reflete a conclusão das entregas Caminho da Escola previstas para este ano.

E, ao mesmo tempo, conforme ressaltou Calvet, a alta taxa de juros e a previsão de que ela siga no patamar de 15% ao ano até dezembro posterga a renovação das frotas, o que se torna pedra no sapato para o setor no mercado doméstico.

Exportações têm o melhor mês desde junho de 2018

São Paulo – Em agosto foram exportados 57,1 mil veículos, acréscimo de 49,3% em comparação ao mesmo mês em 2024, que somou 38,2 mil unidades, e incremento de 19,3% frente a julho, com 47,9 mil unidades. O resultado do mês passado foi o melhor registrado desde junho de 2018, quando foram embarcados 64,9 mil veículos, de acordo com a Anfavea, em balanço realizado na terça-feira, 9.

De janeiro a agosto foram exportados 378,2 mil unidades, 56% acima das 242,6 mil unidades do mesmo período em 2024. O bom desempenho das exportações tem, nas palavras do presidente executivo da entidade, Igor Calvet, “sustentado a produção local de veículos”, que avançou 6% no período, com 1,7 milhão de unidades.

E parte expressiva desta demanda vem da Argentina. Dados da Anfavea apontam que a participação do país vizinho nas exportações saltou de 36% nos oito meses de 2024 para 59% em igual período de 2025, com 224,2 mil unidades – aumento de 154,2% neste comparativo.

Calvet citou o bom momento do mercado argentino, que cresceu 31,7% em agosto, com 54,6 mil unidades, e 65,6% no acumulado do ano, com 444 mil unidades. A Colômbia também ampliou suas compras em 43,6%, para 32,3 mil unidades, e o Chile em 47,9%, com 18,8 mil unidades.

O México, segundo parceiro comercial mais importante do País neste setor, reduziu em 17,1% suas aquisições, somando 49,6 mil veículos nos oito meses do ano. O Uruguai comprou 10% menos, totalizando 22,2 mil unidades.

Em valores já foram obtidos US$ 9,6 bilhões com as exportações em 2025, alta de 40,5% em comparação ao mesmo período em 2024, que registrou US$ 6,8 bilhões. Em agosto a cifra de US$ 1,3 bilhão superou em 23,4% a do mesmo mês no ano passado, de US$ 1 bilhão, e em 6,1% a de julho, com US$ 1,2 bilhão.

Crescimento do mercado está abaixo do projetado, alerta Anfavea

São Paulo – As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus cresceram 2,8% de janeiro a agosto, somando 1 milhão 668 mil emplacamentos. O porcentual está distante do projetado pela Anfavea, segundo seu presidente executivo, Igor Calvet, que apresentou o balanço durante entrevista coletiva à imprensa realizada na terça-feira, 9:

“Considero este crescimento tímido porque está distante da nossa projeção de alta de 5% no ano. Estamos com o sinal de alerta ligado. Tradicionalmente o segundo semestre costuma ser mais aquecido, mas até o fim do ano os desafios são grandes e temos que duplicar ou triplicar a nossa atenção”.

Em agosto foram emplacados 225,4 mil veículos, recuo de 5,1% com relação a agosto do ano passado e queda de 7,3% na comparação com julho, mesmo com os efeitos positivos do Programa Carro Sustentável, que está prestes a completar dois meses e elevou as vendas dos seis modelos que participam do programa em 26% na comparação com igual período do ano passado.

A média diária de vendas em agosto foi 10,7 mil unidades, volume 0,5% menor do que o registrado diariamente em agosto do ano passado, mas 1,5% maior do que a média de julho, mês que teve mais dias úteis. 

Faturamento direto cresce

Calvet mostrou um recorte das vendas de automóveis que aponta desaquecimento do varejo. Segundo a entidade foram 576 mil unidades faturadas de forma direta, expansão de 12,6% na comparação com iguais meses do ano passado, com alta dos emplacamentos de veículos nacionais e importados.

Já no varejo foram comercializadas 657 mil unidades, retração de 4,3% na comparação com idênticos meses de 2024, mas com um ponto importante: a queda só não foi maior por causa dos modelos importados, que somaram 153 mil vendas e avançaram 17,3%. Os nacionais somaram 504 mil, queda de 9,3%.

Para Calvet o grande entrave no varejo continua sendo a taxa de juros elevada, com a Selic em 15%, e que para os financiamentos de veículos este porcentual é bem maior: “No médio prazo precisamos avaliar se haverá uma tendência de recuo dos juros. Junto com isso temos o aumento da inadimplência, que chegou a 5,2% para pessoas físicas e a 3,4% para pessoas jurídicas, com tendência de alta em ambos os casos”.

Estoques de importados em alta

Os estoques em agosto chegaram a 259,5 mil unidades, suficientes para abastecer o mercado durante 39 dias, contra 38 dias em julho. Este número, porém, não considera os veículos importados em estoque, que são cerca de 85 mil unidades, de acordo com Calvet. A Anfavea trabalha para buscar uma forma de divulgar este estoque consolidado nos próximos meses. 

Agosto supera julho como melhor mês de produção de veículos

São Paulo – Agosto foi o melhor mês de produção de veículos no Brasil em 2025, chegando a 247 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus. Superou julho, quando foram fabricadas 237,8 mil unidades, de acordo com os dados divulgados pela Anfavea na coletiva realizada na terça-feira, 9.

Na comparação com igual mês do ano passado houve queda de 4,8% mas com relação a julho o incremento foi de 3%, mesmo com menos dias úteis.

Mesmo assim o presidente executivo da Anfavea, Igor Calvet, levantou um ponto de atenção: “Foi o segundo mês de queda na produção de comerciais leves. Estamos vendo uma mudança no consumo do varejo por causa das altas taxas de juros que estão pressionando os pequenos consumidores que compram comerciais leves para trabalhar”.

No ano foram produzidos 1 milhão 743 mil veículos, volume 6% maior do que o produzido em iguais meses do ano passado, quase 100 mil unidades a mais. Porém o que sustentou o avanço foi o mercado externo, com o aumento das exportações, de acordo com o presidente.

A produção de automóveis chegou a 1 milhão 311 mil unidades, incremento de 6,7% na comparação com iguais meses do ano passado. Já os comerciais leves cresceram 5% de janeiro a agosto, com 322,4 mil unidades produzidas, mesmo com a queda registrada em julho e agosto.

Os empregos gerados pela indústria chegaram a 110,1 mil vagas, incremento de 874 na comparação com julho.

Produção de caminhões inverte a curva e passa a apresentar queda

São Paulo – 88,5 mil caminhões saíram das linhas de produção de janeiro a agosto, leve recuo de 1% em comparação a igual período em 2024, em que foram fabricadas 89,4 mil unidades. Foi a primeira queda do segmento no acumulado do ano, de acordo com dados divulgados pela Anfavea na terça-feira, 9. De acordo com o presidente executivo da entidade, Igor Calvet, já havia uma tendência de crescimento cada vez menor ao longo do ano e “agora cruzamos um ponto que não queríamos e a produção está menor do que a de 2024”.

Calvet chamou atenção ao fato de que geralmente a indústria de caminhões acompanha o desempenho do PIB, que no segundo trimestre avançou 0,4%: “Não há razão mais forte que explique isto do que os juros altos. A instabilidade nos machuca, mas os juros altos podem nos matar. E a Selic, ao que tudo indica, continuará no patamar de 15% ao ano”.

O reflexo já está sendo visto no emprego em fabricantes de veículos pesados, uma vez que houve o fechamento de 148 postos de trabalho em agosto, a despeito da abertura de 874 vagas no segmento de leves.

“A taxa de juros vem em uma tendência de deprimir ainda mais o setor de pesados, e nos preocupamos com o efeito em cadeia, no impacto que haverá nos fornecedores.”

O presidente da Anfavea reforçou que a produção só não caiu de forma mais acentuada, até o momento, por causa do crescimento de 89,6% das exportações no acumulado do ano, totalizando 19 mil unidades. Somente para a Argentina, que representa o destino de 45% dos embarques de caminhões, o volume triplicou de 4 mil veículos de janeiro a agosto do ano passado para 11 mil nos primeiros oito meses de 2025.

Vendas de pesados recuam 19%

Nos oito meses de 2025 foram vendidos 74,3 mil caminhões, 6,7% abaixo do mesmo período do ano passado, 79,6 mil. Calvet acrescentou que o movimento foi puxado pelos pesados, que representam quase a metade do mercado, 45% do total, e cujas vendas encolheram 19%.

Em agosto foram emplacados 8,9 mil caminhões, 22,6% abaixo dos 11,5 mil do mesmo mês em 2024 e 15,9% aquém dos 10,6 mil registrados em julho. E, até o momento, segundo o dirigente, ainda não há nada previsto relacionado ao programa de renovação de frota, o que impulsionaria em definitivo este ramo.

Ele contou que a Anfavea tem trabalhado com o governo propostas para melhorar as condições do Finame, que não tem a incidência de IOF, “mas que está ficando caro”, e também com relação à dupla penalidade deste imposto no mercado, no floor plan, que é o financiamento de estoque de veículos usado por concessionárias para adquirir veículos das montadoras e no CDC.

“Da maneira como está sendo cobrado o IOF está 10% maior neste segmento. Por isto protocolaremos junto ao governo uma carta expondo que estas condições prejudicam as operações de caminhões em busca de mudanças.”