São Paulo – De janeiro a agosto a Volkswagen exportou 83,7 mil veículos, acréscimo de 50% em relação ao acumulado de 2024, quando 55,8 mil unidades foram embarcadas. O resultado foi impulsionado pela demanda do mês passado, em que 16 mil veículos foram enviados a outros países, o melhor desempenho mensal desde abril de 2018, que contou com 18,7 mil embarques.
De acordo com a Volkswagen suas exportações cresceram em todos os seus principais destinos, com destaque para a Argentina, ao qual os embarques praticamente dobraram: foram 41,3 mil unidades de janeiro a agosto frente a 20,8 mil do mesmo período do ano passado.
O México comprou 6% mais no acumulado do ano, com 20,4 mil unidades. A Colômbia registrou incremento de 76%, para 8,1 mil unidades. E, o Chile, crescimento de 82%, com 5,2 mil unidades.
Quanto aos modelos mais exportados, o Polo lidera o ranking do ano, com 27,4 mil unidades, alta de 36% em relação ao mesmo período de 2024. Destaque também para o T‑Cross, com 13,9 mil unidades, avanço de 80%, e o Nivus, com 12,7 mil unidades, aumento de 26%.
A Volkswagen já iniciou as exportações do Tera para Argentina, Aruba, Chile, Colômbia, Costa Rica, Curaçao, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Paraguai e Uruguai, para onde já seguiram 11,1 mil unidades.
São Paulo – O chairman da Stellantis, John Elkann, deverá cumprir um ano de serviço comunitário e pagar 183 milhões de euros para resolver um caso de fraude fiscal envolvendo a herança de sua avó. As informações são da justiça italiana, segundo a agência de notícias Reuters, que também divulgou que o valor a ser pago será dividido com seus dois irmãos.
Os promotores italianos afirmaram que com esse acordo Elkann encerrará uma investigação criminal por uma suposta fraude fiscal ligada à herança de sua avó, uma vez que o processo será arquivado. Agora falta que um juiz valide o acordo para que ele seja finalizado.
Após a validação do acordo Elkann deverá sugerir às autoridades um local para cumprir o ano de serviço comunitário, que pode ser realizado em casa de repouso para idosos, em centro de tratamento para dependentes químicos ou em algum local com função social parecida.
Na Itália um acordo de confissão de culpa não significa que o investigado assumiu ser culpado, segundo a Reuters.
São Paulo – O CEO do Grupo Volkswagen, Oliver Blume, afirmou que o tarifaço dos Estados Unidos custou bilhões de euros. A montadora não gostou de acordo, que classificou como assimétrico, de Bruxelas com Washington que prevê tarifas de 15% sobre importações de automóveis da União Europeia e nenhuma tarifa para o embarque de bens industriais dos Estados Unidos à Europa.
Blume também disse à Reuters, durante o IAA de Munique, Alemanha, que a Porsche, sua principal marca e da qual também é CEO, estava sendo espremida por um sanduíche de sobretaxas estadunidenses e um mercado chinês fraco, seus dois principais clientes.
“Estamos contando com nosso plano de investimentos nos Estados Unidos, o que impulsionará o emprego local e a cadeia de suprimentos da Volkswagen”, assinalou Blume, ao acrescentar que as negociações com o governo estadunidense foram “muito positivas”, mas que espera solução rápida porque tem decisões a tomar.
Assim como seus rivais a Volkswagen ainda está esperando que as atuais tarifas de importação de automóveis dos Estados Unidos caiam de 27,5% para 15%, algo que o governo local prometeu. As tarifas atingiram severamente as marcas Porsche e Audi, que não têm produção no país.
A empresa está em negociações com o governo estadunidense sobre incentivos fiscais para investimentos futuros, o que inclui possível fábrica local para a Audi, cuja decisão é prevista para o fim do ano.
São Paulo – A Honda começará o Uni-One, um dispositivo de mobilidade pessoal que dispensa o uso das mãos. O objetivo do equipamento é transportar clientes em áreas designadas dentro de determinadas instalações, como parques, ou para dar suporte a indivíduos diversos, incluindo crianças e idosos, a fim de aprimorar o desempenho e aumentar a produtividade em escritórios e outros locais de trabalho.
“O Uni-One reduzirá a carga física que as pessoas sentem nas pernas e na região lombar ao caminhar, o que incentivará mais gente que antes evitava sair a passeio”, disse a Honda, ao informar que o dispositivo pode ser controlado transferindo o peso do corpo enquanto está sentado e mantendo as duas mãos livres para se mover como se estivesse caminhando. Sua velocidade máxima é de 6 km/h.
Apresentado pela primeira vez na Exposição Internacional de Robôs de 2022, e testado por visitantes de diversas exposições e eventos, o Uni-One também vem sendo aplicado em testes pagos de pré-lançamento desde 2023. Agora, o plano é não apenas comercializá-lo como oferecer aluguel por tempo determinado, seja de um dia, três ou seis anos.
São Paulo – Depois de cinco meses seguidos de crescimento em agosto o mercado de automóveis e comerciais leves no Chile registrou queda de 3,1% na comparação com idêntico período do ano passado, somando 27,5 mil unidades comercializadas. Com relação a julho houve aumento de 2,2%, de acordo com dados divulgados pela Anac, Associação Nacional Automotriz do Chile.
A queda em agosto, segundo a associação, foi causada por fatores como o baixo crescimento da economia local, o acesso mais restrito aos financiamentos e a adiamento da compra por parte dos consumidores, que deixaram para adquirir um novo modelo a partir de setembro, quando começam a chegar as linhas 2026.
No acumulado do ano foram vendidos 200 mil veículos, incremento de 2,1% na comparação com iguais meses do ano passado. De janeiro a agosto a Toyota liderou as vendas com 15,9 mil unidades entregues, seguida pela Suzuki com 14,9 mil e pela Hyundai com 13,6 mil.
As vendas de caminhões, em agosto, somaram 817 unidades, volume 3,8% menor do que o de igual mês do ano passado e 18,3% menor do que o entregue em julho. No acumulado do ano o segmento registrou alta de 5,7% com 7,9 mil unidades.
O mercado de ônibus somou 405 vendas em agosto, expansão de 331% sobre agosto de 2024 e incremento de 32,3% com relação a julho. No acumulado do ano o segmento cresceu 81%, com 2,1 mil ônibus comercializados.
São Paulo – A Tecfil anunciou Fernando Mutarelli como seu novo diretor de supply chain. De acordo com a fabricante de filtros automotivos a mudança marca mais um passo em busca de crescimento sustentável, eficiência operacional e valorização de talentos que agregam expertise e visão estratégica ao negócio.
Ao longo de sua trajetória profissional Mutarelli acumula passagens por empresas como Aramis, Walmart, Avon, Centauro, Dia, Editora Globo, Editora Abril e Bunge, trabalhando em áreas como operações, logística de abastecimento e distribuição física.
Graduado em administração de empresas com especialização em logística de transportes pela FGV o executivo tem também mestrado em engenharia de transportes pela USP, formação executiva internacional em logística e supply chain pelo MIT e pós-MBA pela Kellogg School of Management da Northwestern University.
O início da operação está previsto ainda para este ano. Será no sistema SKD, com importação dos kits semidesmontados da China, contando com benefícios do regime automotivo do Nordeste, com o compromisso de elevar o índice de nacionalização.
“Será o primeiro passo para industrializarmos o veículo elétrico no Brasil”, afirmou Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul. “Contratamos a Comexport, que está criando o primeiro polo de produção de veículos de novas tecnologias do Brasil.”
De acordo com Chamorro o projeto integra o ciclo de R$ 7 bilhões de investimento da GM no Brasil.
Segundo o portal Auto Ranking existe a previsão de que dois outros modelos Chevrolet venham a ser montados em Horizonte em 2026. Um deles é a Captiva EV, que será vendida no Brasil até o fim do ano, também importada da China.
O Spark foi desenvolvido pela GM em parceria com SAIC e Wuling. Ele já está disponível ao consumidor brasileiro, ainda importado da China, em 138 concessionárias Chevrolet habilitadas a vender 100% elétricos por R$ 159 mil 990.
Rio de Janeiro – A ordem é crescer. Fabiana Figueiredo, vice-presidente da Peugeot para a América do Sul, não revelou a meta, mas disse que o seu objetivo é conquistar uma fatia maior do mercado brasileiro de 2,6 milhões de veículos leves projetado para 2025, que representa alta de 4% sobre o volume vendido no ano passado.
No caso do 208, segundo Figueiredo, as expectativas são grandes, pois trata-se do primeiro híbrido flex do segmento B hatch. Existem, na sua avaliação, grandes oportunidades de crescimento, dependendo da aceitação do público.
Ela calcula que a versão híbrida do Peugeot 208 deverá representar 20% das vendas, enquanto a de entrada 1.0 Style terá o maior porcentual, cerca de 40%, com o restante dividido pela nova Active T200 AT e pela Allure T200 AT. Já no SUV 2008 a versão híbrida deverá representar 30% das vendas e os outros 70% serão divididos pelas outras duas configurações, a de entrada e a intermediária.
Sobre a decisão de iniciar as vendas dos híbridos no Brasil, e não na Argentina, onde a empresa se posiciona como uma das líderes, Fabiana Figueiredo disse que tudo depende do momento do mercado:
“O plano foi definido de acordo com o mercado, com base no que analisamos o momento de cada país. No contexto do Brasil era o momento certo, enquanto na Argentina acabamos de lançar o 3008 e o 5008 importados da Europa. Lá lançaremos os híbridos em 2026”.
Nos últimos anos, até por questões logísticas envolvendo sua operação na Argentina, a Peugeot sofreu no mercado regional. Figueiredo disse esperar resultados melhores em 2025 e nos próximos anos, com uma gama toda nova de automóveis, comerciais leves e utilitários. Em 2022, lembrou, a Peugeot encerrou com 2,3% de mercado somente com o 208 no portfólio.
Atualmente a Peugeot mantém cerca de 180 revendas no País e não tem projeto de expansão, acreditando que este tamanho é suficiente para atender à demanda local.
Líder no segmento de veículos a gás na Europa, o Iveco Group já superou a marca de 100.000 motores a gás produzidos por meio de sua divisão FPT Industrial. Por entender que a solução passa por tecnologias adequadas ao potencial de biocombustíveis de cada região, a estratégia na América Latina considera o uso de gás natural e do biometano. Mas não apenas nisso: em 2024, a FPT anunciou investimento de R$ 127 milhões até 2028 para o desenvolvimento de novos motores bicombustível, explorando matrizes limpas como biodiesel e etanol.
Dentro dessa estratégia, a marca desenvolveu, em parceria com a CNH, os motores N67 Etanol e CURSOR 13 Etanol com Ciclo Otto, com conceito semelhante ao de carros flex. Entre os benefícios do uso do etanol estão o fato de ser um combustível renovável, que reduz as emissões de gases de efeito estufa em até 90% em relação aos combustíveis fósseis, além de proporcionar redução de custos operacionais com transporte e logística e ter menos oscilações de preços, em relação aos derivados do petróleo. A engenharia local já desenvolveu motor 100% etanol para colheitadeiras e tratores, com potencial de aplicação futura em veículos comerciais, tornando operações integralmente renováveis.
A marca também lançou o Repower FPT, que permite a substituição de motores a diesel por versões a gás, no padrão Euro 6, e iniciou a produção local dos motores movidos a gás N60 NG, N67 NG e CURSOR 13 NG na fábrica de Córdoba, na Argentina.
O Repower FPT é uma solução de fábrica que substitui o motor a diesel de um caminhão usado, por um motor novo, de ciclo Otto, movido a gás natural e biometano, aumentando a vida útil, proporcionando melhor desempenho e a disponibilidade, que estará sempre apto a trabalhar. Além disso, o motor novo entrega consumo eficiente e menores emissões, já que agrega as últimas tecnologias em powertrain.
Essa visão compõe o conceito de lifecycle thinking do Iveco Group, em que os recursos são utilizados integralmente pelo maior tempo, produtos e materiais são recuperados e reutilizados até o fim da vida útil. Como parte da estratégia multicombustível da FPT Industrial, o gás natural se consolida como uma tecnologia confiável, evolutiva e de alto potencial para a América Latina.
Produção nacional
Fornecedora global de soluções inovadoras para sistemas de propulsão, a Horse Powertrain investe em diferentes tecnologias para apoiar a indústria automotiva e outros setores que necessitam de geração de energia em sua transição para um futuro sustentável. A empresa desenvolve, produz e fornece sistemas de propulsão altamente eficientes, híbridos completos, híbridos plug-in e ICE (combustão interna). São 8 milhões de unidades por ano para seus clientes ao redor do mundo.
No início deste ano, a Horse iniciou a produção do motor HR13 turboflex, 1.3 litro, quatro cilindros e 163 cv, em São José dos Pinhais (PR). Desenvolvido para o mercado sul-americano pela Horse Technologies, divisão da Horse Powertrain, o HR13 atende às normas Proconve L8. O HR13 conta com um sistema de injeção direta desenvolvido especialmente para o uso de etanol. Cada cilindro é equipado com injetores de seis furos montados centralmente, operando a 200 bar de pressão, projetados para uma atomização excepcional do combustível, que proporciona potência e torque sem comprometer a eficiência do combustível.
“Esta ação reforça nosso compromisso com o mercado brasileiro e com a América do Sul. Nossa mensagem sempre foi clara: não existe uma solução única para a mobilidade global, mas sim soluções sob medida que atendam às necessidades regionais. O HR13 reflete essa filosofia, movido por combustíveis flex de baixo carbono e otimizado para as necessidades do mercado brasileiro,” argumenta Patrice Haettel, CEO da Horse Technologies.
Além de abastecer a Renault, a Horse fornece sistemas híbridos e desenvolveu, em parceria com a WEG, o Range Extender, sistema que já equipa o micro-ônibus elétrico Volare da Marcopolo que será lançado no princípio de 2026.
A produção local substitui importações da Espanha, fortalecendo a cadeia automotiva nacional e tornando a unidade referência em motopropulsores flex. O HR13 é fabricado ao lado do HR10 1.0 Turbo, também nacionalizado. Complementando o investimento, a Horse anunciou recentemente mais R$ 200 milhões para instalar linha inédita de fundição por gravidade de cabeçotes de alumínio, com capacidade de 210 mil peças por ano e 60 novos postos de trabalho. Com capacidade para até 600 mil motores por ano, a planta de São José dos Pinhais avança como centro estratégico da nova mobilidade.
Unidade brasileira faz história
Multinacional de sistemas de propulsão, a Phinia realça o protagonismo da engenharia brasileira como polo estratégico no avanço de soluções sustentáveis para a mobilidade. Baseada em Piracicaba (SP), a iniciativa de suportar o projeto global de desenvolvimento de motor a combustão movido a hidrogênio fortalece a cadeia global de inovação automotiva rumo à descarbonização.
A equipe sediada na planta do interior de SP atua no desenvolvimento de software e no gerenciamento eletrônico do motor, contribuindo diretamente para testes em veículos protótipos — três vans em circulação na Europa e uma em finalização nos EUA.
O sistema exclusivo de injeção criado pela Phinia permite queima segura do hidrogênio, mesmo com menor grau de pureza, o que reduz custos e amplia a viabilidade técnica. Essa alternativa tecnológica habilita as montadoras a reutilizarem os motores de combustão interna em uso por décadas através do uso combustível sustentável e com baixa pegada de carbono (emissões muito baixas de CO2, HC e NOx), uma alternativa robusta e confiável aos veículos elétricos e movidos a células de combustível, os quais apresentam seus desafios como tempo de recarga e custo (o custo de uma célula de combustível pode chegar a 80% do custo do veículo), por exemplo.
Tanques e componentes utilizam aço especial para evitar vazamentos do elemento altamente inflamável. A eficiência energética do hidrogênio garante desempenho equivalente ao diesel, com redução de emissões de CO₂ superior a 99% além de garantir potência.
As principais vantagens do motor a combustão interna (ICE) movido a hidrogênio são a comprovada durabilidade desse tipo de solução, a infraestrutura existente na cadeia de suprimentos, bem como a adaptação a sistemas de propulsão flexível capazes de utilizarem com eficiência uma grande variedade de combustíveis. A tecnologia exige um grau de modificações modestas para adaptar motores tradicionais ao uso do H2, o que é uma vantagem considerável ao avaliar a frota circulante. Além disso, a iniciativa é robusta considerando a qualidade do combustível H2 e, principalmente, considerando as condições ambientais. De acordo com a Phinia, o reabastecimento rápido com H2 permite o uso em vários turnos nas operações em que não se permite paradas longas, além de garantir potência e desempenho equivalentes ao motor diesel.
São Paulo – A Pirelli foi reconhecida pela premiação internacional Compasso d’Oro por seu pneu P Zero E, lançado em 2023 como o primeiro do mundo com mais de 55% de materiais naturais e reciclados, especialmente no segmento de alta performance para o qual é destinado.
Esta também é a primeira vez que um pneu recebe o prêmio na categoria design para mobilidade. A cerimônia ocorreu durante edição internacional especial do Prêmio Compasso d’Oro, que comemora seu 70º aniversário na Expo 2025 em Osaka, Japão. Este ano a premiação foi inspirada no tema da expo Projetando a Sociedade do Futuro para Nossas Vidas.