O CTR atende os mais diversos segmentos da mobilidade, com serviços que vão desde a simulação virtual, instrumentação e coleta de dados, passando por testes em laboratórios e pistas até a homologação.
Com estrutura e equipe técnica qualificada, o Centro Tecnológico é habilitado no MOVER, que incentiva a engenharia automotiva brasileira. Os valores pagos para a prestação destes serviços pelo CTR podem ser revertidos em crédito financeiro aos clientes parceiros que também estejam habilitados ao programa governamental.
O MOVER é uma política industrial que incentiva projetos de pesquisa e desenvolvimento com foco em mobilidade e logística, a partir de investimentos para contratação de serviços de terceiros, horas técnicas de funcionários, viagens e materiais de consumo.
Infraestrutura ampliada
Após os investimentos de R$ 16 milhões aplicados no último ano, o CTR (Centro Tecnológico Randon) adicionou novos serviços voltados à segurança automotiva ativa – com destaque para os pacotes de ADAS – e segurança passiva, além de melhorias em durabilidade acelerada para veículos completos em laboratório.
“Foram investimentos que nos possibilitaram a realização de um conjunto maior de ensaios. A nova estrutura trouxe maior agilidade no desenvolvimento e na validação de novos produtos, com redução de prazos e custos para nossos clientes”, destaca o CTIO (Chief Technology Innovation Officer) da Randoncorp e executivo responsável pelo Centro Tecnológico Randon, César Augusto Ferreira.
Na segurança passiva, a novidade é mais um laboratório alinhado com as futuras exigências da legislação brasileira. Ele realiza testes de ancoragem e fixação dos cintos de segurança, isofix, impacto e resistência de encostos e bancos. E em breve, estará preparado para ensaios de avaliação e proteção aos pedestres.
Foram incorporados ao CTR também a oferta de testes de ADAS (Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor), que incluem ensaios de segurança ativa com o uso de dummies (bonecos) e targets (alvos) para testes para frenagem autônoma de emergência, alerta de saída de pista, correção do volante ao sair de pista ou seguir automaticamente, pilotagem automática com radar e detecção de ponto cego.
Já a base sísmica do laboratório estrutural foi ampliada para 140m2, com a aquisição novos atuadores, que possibilitam a realização de ensaios de durabilidade acelerada em veículo completo, contemplando até 12 atuadores em diferentes eixos de aplicação.
Rumo à Mobilidade Verde
O teste durabilidade acelerada em laboratório utilizada pelo CTR permite uma redução no tempo do teste em até 60% em relação a um teste em campo de provas. Os principais ganhos estão na redução das paradas para troca de sistemas mecânicos de chassi, teste rodando 24 horas, com paradas somente para inspeção e controle nos inputs de entrada do sinal e respostas de dano acumulado no produto avaliado. Esta metodologia contribui com o ciclo de descarbonização pois deixa de emitir em média 603 mil kg de CO2 em relação ao teste tradicional em campo.
Para completar o ciclo sustentável, toda a infraestrutura do laboratório recebe energia renovável da usina fotovoltaica instalada dentro das dependências do CTR, que abastece 100% da energia consumida e auxilia os clientes que precisam se creditar de carbono no desenvolvimento de seus protótipos.
A estrutura da usina fotovoltaica é composta de cerca de 2,4 mil painéis solares e tem capacidade de gerar 1,3MWp (1,3 megawatt-pico). “A usina fotovoltaica do CTR pode fornecer a carga necessária para o desenvolvimento de projetos voltados à mobilidade elétrica, possibilitando que todos os veículos desenvolvidos e testados utilizem energia limpa”, destaca o executivo do CTR.