São Paulo – Liminar concedida na noite de quinta-feira, 18, impediu a Ford de desligar trabalhadores que atuam em funções de liderança e supervisão. As demissões, segundo o MPT, Ministério Público do Trabalho, autor do pedido de ação cautelar, ocorreriam na sexta-feira, 19, “sem prévia negociação”.
O MPT foi informado por funcionários da Ford que receberam e-mails da necessidade de assinar um termo de desligamento. Estes funcionários ocupam funções classificadas pela empresa como de confiança.
“Detectamos uma clara movimentação no sentido de dividir a base de trabalhadores, impondo individualmente a alguns empregados condições para o desligamento sem participação e sem o conhecimento do sindicato”, afirmou, em nota, a procuradora do MPT na Bahia , Flávia Vilas Boas. “Agimos rápido e contamos com a sensibilidade do Judiciário para evitar um dano maior a toda a coletividade”.
A liminar se junta a outra concedida em ação civil pública do MPT que impede demissões antes do fim das negociações coletivas de empregadores com empregados em Camaçari, BA, e em Taubaté, SP. No caso baiano envolve também os trabalhadores de fornecedores que estão dentro do Complexo Ford.
Procurada a Ford afirmou que recorrerá da decisão, que cabe recurso.
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