AutoData - Novas projeções indicam queda de 10% na produção e de 13% nas vendas
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07/05/2015

Novas projeções indicam queda de 10% na produção e de 13% nas vendas

Por Marcos Rozen

- 07/05/2015

Cumprindo o prometido a Anfavea apresentou na terça-feira, 7, durante divulgação dos resultados de março e do primeiro trimestre, novas projeções para a indústria automotiva nacional em 2015, que substituem as apresentadas no começo de janeiro.

Conforme antecipado, as previsões foram revistas para baixo. O número esperado para os licenciamentos até então apontava 3,5 milhões, o que representaria estabilidade ante 2014, e foi reduzido agora para 3 milhões 38 mil, queda de 13,2%.

Pela primeira vez a associação apresentou projeções dividindo os segmentos leve, automóveis e comerciais leves, e pesados, caminhões e ônibus. Para o mercado interno de leves a nova projeção é de 2,9 milhões de unidades licenciadas, queda de 12,3%. Para os pesados a Anfavea espera retração maior, de 31,5%, para 113 mil unidades – sendo 90 mil caminhões e 23 mil ônibus.

Os volumes de produção estimados foram corrigidos de 3 milhões 276 mil, o que significaria alta de 4% ante 2014, para 2 milhões 832 mil, queda de 10%. A fabricação de leves, acredita a Anfavea, somará 2,7 milhões, baixa de 9,3%, e a de pesados 134 mil, 22,5% menos do que no ano passado.

As previsões de máquinas agrícolas e rodoviárias também foram reduzidas. Para vendas o volume esperado passou de 68,5 mil, resultado que seria igual ao de 2014, para 55,3 mil unidades, retração de 19,4%. Para a produção os números passaram de 82,4 mil, o que também repetiria o ano passado, para 69,2 mil, redução de 16%.

Apenas os números esperados para as exportações em 2015 foram mantidos com relação às projeções anunciadas no começo do ano. Luiz Moan, presidente da Anfavea, entretanto, salientou que este segmento apresenta viés de alta ante a previsão. “Optamos por manter inalterados os números previstos para as vendas ao mercado externo por falta de alguns subsídios: o acordo com o México acabou de ser renovado, ainda há negociação com a Argentina e também outros países da América do Sul, em especial Colômbia, e da África. Precisamos esperar também o fim da volatilidade do dólar.”

Os índices mantidos são de crescimento de 2,5% nas exportações em valor, para US$ 11,8 bilhões, e de 1,1% em volume, para 338 mil unidades – 313 mil de leves, evolução de 1%, e 25 mil de pesados, avanço de 2,7%. Para máquinas agrícolas igualmente projeta-se alta de 1%, para 13,9 mil unidades embarcadas em 2015.

TRIMESTRE – Os números de produção do primeiro trimestre do ano apresentaram resultado inferior inclusive ao da nova projeção da Anfavea. As fábricas fecharam a soma de janeiro, fevereiro e março com 664 mil unidades deixando as linhas de montagem, redução de 16,2% ante o mesmo período de 2014, de 791,7 mil unidades.

O índice do trimestre, apesar da queda considerável, é melhor do que aquele do acumulado do bimestre, que fechara em queda de 22% no comparativo anual.

Em março, isoladamente, saíram das fábricas brasileiras 253,6 mil autoveículos, queda de 7% ante mesmo mês do ano passado, que fora afetado pelo feriado de carnaval. De qualquer forma foi o melhor mês de 2015 até agora, vez que janeiro fechou com 203 mil e fevereiro com 206 mil.

Nos últimos doze meses, período que compreende de abril de 2014 a março de 2015, o volume de fabricação nacional foi de 3,02 milhões de veículos, o que representa retração de 17,2% no comparativo com o período imediatamente anterior.

O nível de emprego no setor automotivo continuou a cair em março, refletindo a retração nos volumes que deixam as fábricas. O mês passado fechou com 140 mil 851 postos de trabalho ativos na indústria, queda de 1% ante fevereiro e de 9,4% na correlação com março de 2014, o que equivale a corte de 14,6 mil empregos em um ano.


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