A BYD abrirá em julho as portas de sua fábrica de baterias e veículos elétricos em Campinas, no Interior paulista. Adalberto Maluf, diretor de marketing e relações governamentais, afirmou à Agência AutoData que esta primeira etapa de operação no País conta com investimentos de R$ 250 milhões.
“O plano total contempla aporte de R$ 900 milhões em quatro anos, com conteúdo local de 80% em dois anos. Já avançamos em contatos com fornecedores locais e estimamos que até julho teremos novidades nesse tema.”
O primeiro veículo a sair das linhas, em CKD com chassis e componentes importados de China e Estados Unidos, será o ônibus urbano elétrico K9. Na sequência, o articulado K11.
A estimativa do diretor é que a capacidade produtiva inicial seja de 250 ônibus/ano e estenda-se a 2 mil/ano até 2018.
O automóvel elétrico E6 também está em fase final de homologação e tem início de montagem previsto para 2016. “Enquanto não houver incentivos do governo a essa propulsão os volumes de carros devem ser muito pequenos. Estamos mais confiantes nos ônibus.”
Em relação às entregas Maluf projeta duzentas unidades, dentre ônibus e automóveis até o fim de 2015.
“Já fechamos a entrega de ônibus a Campinas e temos negociações com outras cidades. Apresentamos o projeto a Brasília, DF, Canoas, RS, Curitiba, PR, Porto Alegre, RS, São Paulo, Rio de Janeiro, RJ, e Salvador, BA.”
A proposta da BYD aos frotistas de ônibus, segundo Maluf, é de compra do veículo por preço similar ao do ônibus diesel e leasing da bateria: “O modelo tem 300 quilômetros de autonomia e a recarga pode ser feita em duas horas à noite, no pátio da empresa, com tarifa reduzida de recarga. Se o empresário desembolsava R$ 9 mil em diesel ao mês e gastar R$ 1,5 mil em energia ao mês, pagará mensalmente à BYD cerca de R$ 7,5 mil” – o negócio ainda é vantajoso pois o uso dos veículos não-poluentes em algumas cidades, como São Paulo, tem remuneração maior aos frotistas ante aqueles a diesel.
Para os automóveis a estratégia da BYD é de vendas a frotas, e não para pessoa física. O modelo será o mesmo: o cliente pagará mensalmente pelo leasing da bateria. O cálculo será baseado na diferença da economia na comparação com modelo a combustão.
“Ao fim de seis anos, o modelo poderá ser adquirido por R$ 1.”
Maluf descartou, inicialmente, as vendas de carros BYD a combustão no País. “Nosso foco serão os elétricos.”
Quanto à produção local de baterias Maluf conta que esta seguirá o ritmo de demanda dos veículos. “Depois de atender à produção própria, estudaremos fornecimento a outras montadoras que desejarem produzir veículos elétricos e híbridos no Brasil.”
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