A indústria automobilística brasileira produziu em junho 184 mil veículos, o pior resultado do setor desde janeiro de 2009. O desempenho do mês representou queda de 14,8% com relação a junho do ano passado, quando foram fabricadas 215,9 mil unidades, e de 12,5% comparativamente a maio [210,3 mil].
No semestre a produção caiu 18,5%, totalizando 1 milhão 276 mil veículos este ano ante 1 milhão 556 mil em idêntico período de 2014. O balanço de junho e do semestre foi apresentado na segunda-feira, 7, pelo presidente da Anfavea, Luiz Moan, que voltou a enfatizar o excesso de contingente no setor:
“Temos hoje 36,9 mil empregados não trabalhando, ou seja, em férias individuais, coletivas, lay-off, licença remunerada etc. Isso representa 27% da nossa força de trabalho”.
O quadro de mão de obra no setor está hoje em 136,9 mil empregados. Só em junho foram demitidos 1,3 mil trabalhadores e no ano o balanço é negativo em 7,4 mil postos de trabalho. O maior contigente de pessoal nesta década foi atingido em outubro de 2013, quando as montadoras empregavam 159,6 mil funcionários. Em um ano e sete meses, portanto, foram extintos 22,7 mil empregos no ramo automobilístico.
Diante desse quadro negativo o presidente da Anfavea aproveitou a divulgação do balanço do setor, na hora do almoço, para comemorar, de antemão, o PPE, Programa de Proteção ao Emprego, que seria apresentado pela presidente da República no fim da tarde. Moan saiu da coletiva de imprensa direto para Brasília, DF, onde acompanharia a divulgação das novas medidas a serem adotadas na área trabalhista, com destaque para a possibilidade de redução de jornada de trabalho e de salário.
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