As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias começaram a ensaiar reação em junho. Segundo dados divulgados pela Anfavea na segunda-feira, 6, foram emplacadas 4,4 mil unidades, ante 4,1 mil em maio. Mas apesar da alta de 6,9% na comparação mensal a queda anual ainda é de 24,8%. Em junho de 2014 foram vendidas 5,9 mil unidades.
Segundo Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea, os números observados em junho representam a inflexão de uma curva negativa:
“Excluindo o mês de março este é o melhor resultado desde novembro de 2014. Acredito que a partir de agora os resultados voltem a ser positivos, motivados principalmente pela divulgação do Plano Safra”.
O Plano Safra, do governo federal, foi anunciado no início de junho com volume de recursos 20% maior com relação ao ano passado: são R$ 187 bilhões para financiamento com taxa média de juros de 8,75% ao ano:
“Apesar de a taxa ser maior do que a cobrada no ano passado já demonstra uma previsibilidade para os compradores e ainda está bem competitiva”.
No acumulado do ano a queda na venda de máquinas chega a 25,1%, com 24,7 mil unidades emplacadas de janeiro a junho.
Segundo Luiz Moan, presidente da Anfavea, este foi o único segmento que não sofreu revisão das projeções neste ano: “Até agora mantivemos a previsão de queda nas vendas em 19,4%, mas estudamos uma mudança em agosto ou setembro”.
A produção de máquinas apresentou recuo de 36,6% em junho, na comparação anual. No último mês deixaram as linhas de montagem brasileiras 3,7 mil unidades, ante 5,8 mil um ano antes. Na comparação mensal a queda chega a 36,4%, uma vez que em maio foram fabricadas 5,8 mil máquinas. Segundo Ana Helena de Andrade os números são reflexo de férias coletivas e lay-off das montadoras: “O mercado precisou adequar a produção à nova demanda do mercado, mas o cenário deve ganhar mais estabilidade nos próximos meses”.
As exportações somaram 1,1 mil unidades em junho. O número representa recuo de 9% na comparação anual e avanço de 16,9% na comparação com maio, quando saíram do País 942 máquinas.
Em valores o total chegou a US$ 1 bilhão em junho, alta de 20,1% na comparação anual e queda de 19,7% com relação a maio: “O mix de produtos define os valores. No ano passado exportamos menos produtos com valores maiores e neste ano a tendência se inverteu”.
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