AutoData - Setor automotivo destaca união para superar declínio das vendas
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01/10/2015

Setor automotivo destaca união para superar declínio das vendas

Por André Barros

- 01/10/2015

Pela primeira vez os representantes das principais associações de classe que representam as empresas da cadeia automotiva reuniram-se para o 1º. Encontro Estratégico das Lideranças do Setor Automotivo, no Novotel Center Norte, na Zona Norte de São Paulo. O objetivo da reunião da segunda-feira, 31, era debater o futuro do setor de curto a longo prazo.

Se divergem em alguns pleitos e opiniões, os representantes da Abac, Anfavea, Febraban, Fenabrave, Fenauto e Sindipeças que subiram ao palco concordam em um ponto: é preciso união para superar o momento de adversidade que o setor atualmente enfrenta.

O presidente da Anfavea, Luiz Moan, sugeriu reuniões trimestrais para discutir o futuro da cadeia automotiva: “As demais associações do setor interessadas em ingressar nos debates são bem-vindas, venham nos procurar. Não podemos deixar de nos reunir, quem sabe a cada três meses, para manter essas discussões”.

Moan apresentou sua visão de futuro do setor automotivo nacional, após a aguardada passagem do ajuste fiscal e superação da crise. Segundo o executivo é importante fortalecer todos os degraus da cadeia para se preparar para a retomada – que, nas suas projeções, ocorrerá a partir do fim do segundo trimestre do ano que vem.

O presidente da Anfavea e Paulo Butori, presidente do Sindipeças, e Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, lembraram da recente parceria feita pelas três associações com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que permite o financiamento de fluxo de caixa dos fornecedores com a garantia da produção das montadoras. Mais parcerias como essa são esperadas pelas entidades que, segundo os executivos, caminham juntas.

Butori cobrou do diretor da Febraban, Leandro Vilain, menos entraves do setor financeiro para a liberação de crédito para as empresas do setor. “Os bancos privados deveriam participar mais e firmar mais parcerias com as autopeças, a exemplo do que foi feito pelo BB e pela Caixa”.

Vilain, por sua vez, destacou a aprovação da lei que facilita a retomada do veículo em caso de inadimplência. Segundo ele, dá maior segurança jurídica aos bancos e abre apetite para concessão de novos financiamentos, até com juros mais baixos, pela redução do risco.

Para Paulo Roberto Rossi, presidente da Abac, que representa as operadoras de consórcio, a modalidade pode ser uma grande aliada da indústria automotiva. Ele calculou que até o fim do ano a base de participantes do sistema chegará a 3 milhões. “As montadoras deveriam ampliar o uso de consórcios em suas estratégicas comerciais. Aumentar a base de consorciados é uma ferramenta importante para ajudar no escoamento da produção”.

A Fenauto, por sua vez, comemorou o crescimento de cerca de 4% nas vendas de usados neste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Mas Ilídio dos Santos, presidente da associação, demonstrou preocupação com o mercado de novos: “O ideal é que todos cresçam juntos, porque somos uma verdadeira cadeia setorial”.


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