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27/12/2015

Argentina corta 75% dos dólares disponíveis às montadoras

Por Redação AutoData

- 27/12/2015

O banco central argentino cortou em cerca de 75% a cota de dólares a que as montadoras instaladas naquele país têm direito a adquirir para pagamento de importações de veículos prontos e autopeças necessárias à sua produção local.

A informação foi publicada pelo jornal local Clarín com base em relatório do BC local.

Pelo próximo mês as onze montadoras instaladas na Argentina terão direito a comprar apenas US$ 48 milhões para honrar seus compromissos assumidos em negócios externos com a moeda estadunidense. No fim do primeiro semestre o governo local e a Adefa, associação equivalente à Anfavea no Brasil, fecharam acordo para oferta de até US$ 200 milhões por mês para pagamento de importações de veículos e peças.

Esse montante, segundo o Clarín, entretanto, foi honrado apenas em julho e de lá para cá o valor foi reduzido para US$ 150 milhões, depois US$ 100 milhões e, agora, para apenas US$ 48 milhões.

Com a eleição presidencial em disputa de segundo turno as montadoras têm poucas esperanças de melhoria na situação até o fim do ano. Segundo uma fonte ouvida pelo periódico, “com este valor [de US$ 48 milhões] não é possível sustentar as importações de autopeças e, assim, a própria produção de veículos” – segundo a Adefa em outubro foram fabricadas na Argentina somente 45 mil unidades, queda de 25,6% na comparação com o mesmo mês de 2014 e de 14,6% ante setembro.

Desta forma o mercado argentino, cada vez mais restrito aos veículos nacionais por falta de modelos importados dado o escasso recurso de divisas, utilizadas quando disponível para importar peças, pode apresentar resultados ainda mais modestos dada também a possível falta de modelos fabricados localmente diante do quadro.

De acordo com o Clarín diversas montadoras estão interrompendo frequentemente a produção na Argentina, em paradas curtas, de alguns dias, pela falta de autopeças. Mas oficialmente a razão apresentada costuma ser necessidade de parada técnica para manutenção ou o envio de peças para o mercado de reposição às concessionárias, afirma o periódico.


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