O Grupo Volkswagen divulgou uma nova relação de motores movidos a gasolina e a diesel envolvidos na fraude do CO2, um desdobramento do caso original do dispositivo eletrônico que enganava os sistemas de testes de emissão – e que a princípio envolvia apenas os diesel.
No início do mês a fabricante de origem alemã revelou que 800 mil veículos tiveram seus dados de CO2 informados incorretamente, além dos 11 milhões que contêm o software que frauda os testes. Na ocasião, pela primeira vez, admitiu que também motores a gasolina faziam parte deste universo, mas ali apenas o motor 1.4 com tecnologia de desativação dos cilindros, ACT, utilizado em uma versão do Polo, fora citado.
Agora a lista dos motores a gasolina envolvidos no caso aumentou bastante e, além disso, a montadora admitiu que a fraude envolve diversos veículos ano-modelo 2016 – ou seja, que estão à venda nas concessionárias hoje. Como a legislação alemã e de outros diversos países da Europa estipula o valor dos impostos cobrados aos consumidores pelo tamanho do motor e seu índice de emissão de CO2, os governos locais deverão cobrar da fabricante a diferença.
Dos motores a gasolina a lista traz o 1.0 TSI três cilindros utilizado nos Seat Ibiza e Leon e no VW Polo, 1.2 TSI e 1.4 TSI aplicados ao VW Jetta, o 1.4 TSI ACT, com a tecnologia que desativa os cilindros, instalado não só no Polo mas também no Golf, Passat Variant e Seat Leon, o 1.8 TFSI que também está no cofre dos Seat Leon e o 2.0 TFSI de Golf e Passat Variant.
A unidade brasileira da montadora afirmou à reportagem da Agência AutoData, por meio de porta-voz, que o motor 1.0 três cilindros TSI citado pela matriz é diferente do 1.0 três cilindros TSI fabricado em São Carlos, SP, e aplicado no Up! nacional.
Já as características técnicas listadas pela fabricante para o motor 2.0 TSFI são idênticas às do modelo Golf GTI oferecido no Brasil, de motor 2.0 com câmbio automatizado de seis marchas, de acordo com a ficha técnica do modelo disponível no site da VW brasileira. O porta-voz local, entretanto, afirma que calibração e outros ajustes do motor do modelo vendido no País diferem daqueles aplicados ao mercado europeu, dado o uso de gasolina adicionada de etanol no Brasil. Além disso, acrescentou, a legislação brasileira não contempla regulações específicas para emissão de CO2.
Adicionando os modelos a diesel a lista da VW contempla ao todo 430 mil unidades, sendo 282 mil da marca Volkswagen. A relação, entretanto, deverá aumentar, vez que o comunicado do Grupo afirma que “neste momento” a empresa ainda trabalha com a estimativa de 800 mil unidades envolvidas neste caso específico.
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