Algumas empresas do setor automotivo já têm uma nova preocupação com relação ao programa Rota 2030 e não são as metas de eficiência energética ou os incentivos fiscais: a preocupação da vez é com os futuros investimentos que as matrizes avaliam fazer nos próximos anos no Brasil. Sem um programa que traga previsibilidade para o setor esses aportes podem demorar mais ou não acontecerem.
Uma dessas empresas que guardam essa crença é a PSA e seu vice-presidente Fabrício Biondo disse, durante evento em Porto Real, RJ, na terça-feira, 27, que o Brasil pode perder investimento para a Argentina: “Sem o Rota 2030, sem metas e incentivos definidos, fica complicado competir com a Argentina. Assim podemos ver investimentos que seriam feitos aqui indo para lá”.
“Outra questão complicada que se soma à falta de aprovação do Rota são os incentivos fiscais argentinos: hoje recebemos adiantados 15% do total que o governo devolverá com base nos investimentos feitos em determinado período”.
Biondo, que já se mostrou pouco otimista com relação à aprovação do programa este ano, afirmou agora que os ânimos melhoraram um pouco depois de noticiado encontro do presidente da República com o presidente da Anfavea, Antônio Megale, em abril: “Acho que dessa vez a possibilidade de o programa ser aprovado é um pouco maior, mas eu só acredito mesmo quando já estiver assinado, porque o histórico é complicado. E se não for aprovado até o fim de abril não será aprovado mais neste ano”.
Foto: Divulgação.
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