Londrina, PR – O desempenho do mercado brasileiro no primeiro trimestre, que cresceu 10,7% sobre igual período de 2023, acima do projetado pela Anfavea para o ano, de alta de 6,6%, surpreendeu a General Motors. Seu vice-presidente de políticas públicas e comunicação, Fábio Rua, disse que novos competidores, a melhora na disponibilidade de crédito e condições macroeconômicas estáveis estão puxando as vendas.
Caso o cenário prossiga ao longo do ano a GM deverá revisar para cima as suas projeções internas, que estão alinhadas com as da Anfavea, de acordo com Rua, que torce para que a companhia e a associação tenham errado para baixo as suas estimativas.
O segundo trimestre, disse ele, será um grande divisor de águas: caso o mercado continue registrando crescimento acima do projetado será possível avaliar uma tendência de expansão acima das expectativas. O que pode ocorrer também no terceiro trimestre.
Com relação à disponibilidade de crédito e à maior venda de veículos financiados o vice-presidente disse que o cenário já mudou na GM e no mercado em geral, com os financiamentos representando a maior parte das vendas:
“Acho que já está em 52% ou 53% e com o ritmo de queda da taxa de juros a tendência é de que esse porcentual avance nos próximos meses. Nesse começo de ano os bancos das montadoras registraram crescimento expressivo na liberação de valores para financiamentos”.
Na avaliação do Rua não faz sentido que carros com tíquete médio de R$ 90 mil ou R$ 100 mil sejam comprados à vista, sendo que o Brasil tem sistema bancário muito bem desenvolvido, com diversas opções de crédito disponíveis.
Para 2024 a GM espera, pelo menos, manter o seu volume de vendas de 2023, 271,7 mil unidades, com a possibilidade de crescer um pouco por causa dos novos veículos que serão lançados. A médio prazo a expectativa é de aumentar as vendas e ganhar mercado com os investimentos programados e a chegada de novos projetos.