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Mercado
02/07/2018

Investimentos de montadoras animam Bridgestone

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Paulo – A retomada das vendas de veículos, os anúncios de novos investimentos para os próximos anos feitos por algumas montadoras e os novos modelos que têm lançamentos previstos animam as projeções da Bridgestone para os próximos anos, segundo o presidente Fábio Fossen: “Esperamos que o mercado cresça ano a ano, sem recaídas. Não sei se voltaremos ao patamar de 2012 e 2013 nos próximos anos, mas cresceremos”.

Para este ano, mesmo com a expectativa de mudança do cenário econômico para o segundo semestre — após a greve dos caminhoneiros, a Copa do Mundo e as eleições –, a Bridgestone manteve sua projeção de expandir a produção no Brasil em 6%, com o mercado de pneus crescendo de 3% a 5%, considerando entregas OEM e reposição.

“Queremos atingir nossa projeção para produção e, com isso, aumentar nosso market share no fornecimento para montadoras e no mercado de reposição. No caso das exportações, que representam 20% do que é produzido no Brasil, o dólar alto nos beneficia por não dependermos de componentes importados e pretendemos aproveitar esse momento para ampliar as vendas externas, com projeção de crescer 6%”.

Com alta esperada para todos os setores da empresa, seu faturamento também deve crescer aproximadamente 6%.

O aumento nas vendas de veículos no País e o crescimento da produção da Bridgestone serão os responsáveis por puxar a expansão do fornecimento da companhia para as montadoras. Para as vendas de carros de passeio a Bridgestone espera alta de 7% a 10%, levando como base os números da Anfavea e os dados que algumas montadoras passam para a empresa como projeções internas. Para o segmento de caminhões e ônibus a expansão esperada pela companhia é de aproximadamente 15%.

No segmento agrícola as vendas para o mercado OEM e para reposição também cresceram no primeiro semestre e a expectativa da empresa é de manutenção do ritmo no segundo semestre, puxado pelas máquinas que usam pneu radial. A Bridgestone não revela esses números.

Com relação às eleições Fossen acredita que o cenário é muito imprevisível, pois nem os candidatos estão definidos, mas a intenção é seguir trabalhando sem se preocupar com esse cenário: “Temos que focar no nosso mercado e no que temos que fazer para crescer, sem olhar muito para política, pelo menos enquanto não tivermos um cenário claro. Acredito que a economia se descolou da política, o que ajudará a não afetar tanto o nosso mercado”.

A Bridgestone possui quatro fábricas no Brasil: a de Santo André, SP, e a de Camaçari, BA, operam em três turnos, com capacidade máxima, enquanto as unidade de Campinas, SP, e de Mafra, SC, operam em dois turnos – porém, caso o mercado demande, conseguirão agregar o terceiro turno.

Fotos: Divulgação.