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Tecnologia
16/08/2018

Sindipeças quer aproximar empresas do setor e startups

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Foto Jornalista  Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

São Paulo – Com a transformação do Rota 2030 em lei, espera-se uma onda de investimentos em pesquisa e desenvolvimento nos setor automotivo mirando, dentre outros nortes, os incentivos concedidos pela nova política industrial. Nesse contexto, as startups aparecem como possível celeiro de inovações que podem ser incorporadas à indústria, e o Sindipeças, na quarta-feira, 15, apresentou algumas delas aos representantes de autopeças e sistemistas no evento Inova Sindipeças.

 

Segundo Besaliel Botelho, presidente da Bosch, a indústria possui fortes relações com a inovação e, ao longo dos anos, desempenhou papel de protagonista em termos de P&D, o que pode mudar: “É possível que haja um compartilhamento deste papel com a necessidade de trazer mais tecnologia para a nossa indústria. O conhecimento compartilhado pelas empresas acelera a adoção de tecnologia e beneficia todo o setor”.

 

Sobre a relação das startups e as fabricantes de componentes, a visão de Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, é a de que ainda há muito a ser desenvolvido em parceria. Algo considerado importante, contudo, é atrair mais empresas de tecnologia às demandas do setor automotivo: “Hoje, o setor é atendido, mas como uma área de interesse dentre outras. Nosso papel é fazer com que elas estejam mais próximas da nossa realidade”.

 

Cenário que pôde ser visto durante o evento do Sindipeças. Das cinco startups apresentadas durante o evento da entidade, uma oferecia serviço mais próximo ao universo da indústria automotiva. A Peerdustry atua no ramo da manufatura compartilhada, algo novo aqui no Brasil: por meio de uma plataforma na internet, a empresa aproxima companhias com capacidade ociosa àquelas que precisam de serviços de usinagem de peças indiretas. A startup, inclusive, já presta o serviço à Eaton, segundo seu CEO, Bruno Diesel Gellert.

 

Outra startup, a Loox, mostrou durante o evento seus trabalhos feitos para Renault e Volkswagen no campo da realidade virtual e aumentada. No caso da Renault, desenvolveram um passeio virtual por meio do qual concessionários percorrem, de forma simulada, a fábrica de São Jose dos Pinhais, PR. Na VW, criaram ambiente virtual para treinamento da equipe de vendas após lançamento do hatch Polo.

 

A Btime, por sua vez, mostrou seu projeto para uma demanda da fábrica da FCA de Betim, MG. A startup, especializada em tecnologia de geolocalização, desenvolveu um sistema por meio do qual equipes de manutenção possam atender chamados de quebra de máquinas e equipamentos com mais agilidade.

 

Foto: Divulgação.