AutoData - Pesados ainda puxam as vendas de caminhões
Balanço
06/03/2019

Pesados ainda puxam as vendas de caminhões

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Bernardo do Campo e São Paulo – O primeiro bimestre fechou com 13 mil 748 caminhões comercializados, um crescimento de 58% sobre os primeiros dois meses de 2018, de acordo com dados divulgados pela Fenabrave. Em fevereiro foram 6 mil 816 unidades emplacadas, 66% a mais do que no mesmo mês do ano passado, com leve queda de 1,7% com relação a janeiro.

 

Quase metade das vendas foram de modelos do segmento pesado: 6 mil 595 unidades no bimestre, expansão de 83,5% sobre janeiro e fevereiro do ano passado. Os semipesados avançaram 70% no período, para 3 mil 496 unidades, enquanto os semileves cresceram 15%, para 812 unidades, e os leves somaram 1 mil 705 licenciamentos, recuo de 6% na mesma base de comparação.

 

O segmento de médios apresentou o maior crescimento do bimestre: 120%, com 1 mil 135 modelos comercializados.

 

“As vendas de leves e médios estão melhorando, mas a evolução positiva do mercado continua nos extrapesados”, afirmou Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil. “A confiança ainda não voltou. Quem está investindo é o transportador profissional, o autônomo ou pequeno frotista ainda estão esperando. E nós precisamos desse consumidor para apresentar uma evolução melhor”.

 

Para Ricardo Barion, diretor de vendas e marketing da Iveco, a tendência é de manutenção de aquecimento no mercado, com predominância dos pesados no volume total. “Mas acredito que o crescimento seja mais suave este ano, com os outros segmentos apresentando volumes maiores de vendas. Como os médios, que podem se beneficiar da retomada da economia e do varejo”. 

 

A Iveco projeta crescimento de 20% para o setor em 2019. Para Paulo Razori, engenheiro de marketing do produto da Volkswagen Caminhões e Ônibus, a demanda do agronegócio para modelos pesados garantiram o bom início de ano para a companhia e para o setor.

 

“Caso os próximos meses apresentem números como os que vimos em janeiro e fevereiro, o ano será interessante”.

 

Colaborou André Barros 

 

Foto: Divulgação.