São Paulo – Os governos da França e da Itália fizeram crescer seus olhos sobre o movimento de possível fusão da FCA, Fiat Chrysler Automobiles, com o Grupo Renault, oficializado na segunda-feira, 27. Enquanto os italianos consideram entrar com participação na futura empresa o governo francês, que detém 15% das ações da Renault, pede garantia de proteção aos empregos nas fábricas locais.
À rádio RTL o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, afirmou que a fusão é uma boa saída para a Renault e para a indústria automotiva europeia, mas o governo pedirá quatro garantias em troca do apoio ao acordo – que reduzirá sua participação acionária pela metade, uma vez que a ideia é que a divisão seja de 50%-50%.
“A primeira [garantia]: empregos e instalações industriais”, disse o ministro, segundo nota publicada pela Agência Reuters. “Eu disse ao presidente da Renault muito claramente que era a primeira das garantias que eu queria dele na abertura dessas negociações.”
As outras garantias não foram reveladas por Le Maire, que sinalizou a intenção do governo de manter alguma representatividade no conselho da nova empresa.
Na Itália a conversa é de investimento público na eventual FCA-Renault para contrabalançar a participação institucional francesa. Segundo a agência de notícias italiana Ansa o vice-premier e ministro do Interior, Matteo Salvini, afirmou que “se for pedida a presença institucional italiana seria obrigatório aceitar porque o setor automotivo é importante”.
Mais cedo o responsável econômico do partido Liga Norte, que hoje governa a Itália, havia considerado publicamente a ideia de colocar capital estatal na futura companhia.
Em paralelo seguem as tratativas da Renault com seus parceiros de Aliança, Nissan e Mitsubishi. De acordo com a Reuters o CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, afirmou a emissoras de televisão locais que a companhia está aberta a “negociações construtivas”.
Foto: Divulgação.
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