São Paulo – A frota brasileira de veículos leves com motor híbrido ou elétrico alcançará 1 milhão de unidades em 2030, segundo um estudo apresentado por José Mauro Ferreira Coelho, diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE, Empresa de Pesquisa Energética, durante o 8º Simpósio SAE Brasil de Veículos Elétricos e Híbridos, realizado na terça-feira, 13, em São Paulo.
O executivo acredita que a maior parte deste 1 milhão de veículos terá motorização híbrida. “Mas também veremos uma parcela de elétricos puros no mercado, em segmentos como táxi, serviços de entrega, ônibus e serviço de compartilhamento de veículos”.
Coelho estima que a frota total de veículos leves, em 2030, alcance 50 milhões de unidades – caso o setor dobre suas vendas em onze anos, a depender da retomada da economia, aumento da renda da população, redução do desemprego e manutenção da oferta de crédito.
“Em 2030 a venda de veículos leves elétricos representará 3,5% de um mercado de 5 milhões, chegando a 180 mil unidades”.
Entraves como autonomia, peso e tempo de recarga das baterias precisam ser superados neste período, bem como a matéria-prima usada em sua produção – atualmente, representa 60% do seu custo. “Os postos de recarga também precisam aumentar, o que demandará grandes investimentos. Outra questão é a precificação horária da energia”.
Na visão do executivo, grandes valores que envolvem infraestrutura e baterias refletem no preço dos veículos, outro entrave para a expansão. Um sedã de luxo custa em torno de R$ 130 mil, enquanto um compacto híbrido é comercializado pelo mesmo valor:
“Diante deste cenário acredito que nos próximos anos o grande foco da indústria automotiva nacional ainda será aumentar a eficiência dos motores a combustão. A médio prazo a projeção é de expansão para os veículos híbridos flex e no longo prazo nós esperamos a chegada dos elétricos e dos motores alimentados por célula de combustível de etanol”.
Foto: Divulgação.
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