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Mercado
19/09/2019

Vendas agregadas ao caminhão já são necessidade

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

Iracemápolis, SP – Agregar itens de conectividade, digitalização, serviços de telemetria e de manutenções programadas passaram a ser mandatórios para as fabricantes de caminhões, movimento encontrado, também, no segmento de automóveis. O passo que a Mercedes-Benz deu com a nova geração do extrapesado Actros comprova a tendência – algo que, segundo Schiemer, veio para ficar:

 

“Nosso negócio já é muito mais do que vender caminhões. Por isso temos que começar a oferecer esses serviços, cuja demanda crescerá nos próximos anos, até porque a interação do homem com a máquina é cada vez maior”.

 

A nova geração do Actros traz ao País o primeiro caminhão digital e conectado da Mercedes-Benz. Schiemer acredita que a participação no segmento, para a M-B algo em torno de 30%, deverá crescer com a nova geração – embora ele respeite a concorrência: “Temos que vencer dia após dia para crescer, mas sabendo que nossos concorrentes também trabalham forte”.

 

 

De todo modo o caminhão foi lançado na hora certa e momento certo, segundo o vice-presidente de vendas e marketing Roberto Leoncini: “O mercado está em uma ótima recuperação e a expectativa para economia do País é semelhante”.

 

O crescimento do agronegócio, que tem puxado as vendas de caminhões extrapesados, é outro fator considerado positivo pelo executivo: “Esse modelo tem uma demanda grande do agronegócio por causa da sua robustez: ele encara terrenos de difícil acesso, onde os caminhões dos meus concorrentes sofrem mais para operar”.

 

Leoncini acredita que a venda da geração antiga e da nova do Actros somarão mais de 6 mil unidades até dezembro. Para o mercado geral o executivo também tem boas expectativas:

 

“O volume de vendas em 2019 já é quase igual ao do ano passado. Nossa projeção a de é que o mercado supere as 90 mil unidades comercializadas, sendo que a expectativa do início do ano girava em torno de um volume mais próximo dos 80 mil caminhões”.

 

No ano os extrapesados representam 60% das vendas, participação jamais vista no passado, segundo Leoncini, que espera um recuo dessa fatia quando outros segmentos retomarem o crescimento de maneira mais forte.

 

Para 2020 Leoncini projeta mais um ano de crescimento nas vendas de caminhões, com expectativa de recuperação da economia: “Esperamos que o ano que vem seja ainda melhor, com a aprovação das reformas que o governo está trabalhando”.

 

Para o novo Actros a expectativa é que ele represente de 40% a 60% das vendas e que a geração antiga fique com a outra parcela.

 

Fotos: Divulgação.