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18/02/2020

Para lucrar na região, Volkswagen precisa exportar mais

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

São Carlos, SP – Em um 2019 complicado para a exportação automotiva, quando a indústria fechou com queda de 32% nos embarques puxada pela menor demanda do mercado argentino, a Volkswagen conseguiu ampliar em 4% suas exportações a partir das fábricas brasileiras. Segundo o presidente para a América do Sul, Pablo Di Si, 31% da produção local teve como destino outros mercados. Ainda assim a região não registrou lucro.

 

“Ficamos muito próximos [da lucratividade]”, disse o executivo na terça-feira, 18, em evento que celebrou os 20 milhões de motores produzidos pela companhia no Brasil, na fábrica de São Carlos, SP. “Mas vendemos 60 mil carros a menos na Argentina. Como somos líderes lá, também sofremos mais com a situação daquele mercado.”

 

O executivo está confiante que, em 2020, os números retornem ao azul. A receita, segundo ele, é seguir com o trabalho do ano passado: buscar novos mercados que compensem a queda na Argentina e, ao faturar mais em dólar, driblar a desvalorização cambial da região: “Ampliamos as vendas no México, Chile e Peru, com Virtus e T-Cross. Este ano vamos colocar o pé no mercado africano, também com o T-Cross. Acredito que as nossas exportações ficarão ligeiramente superiores às do ano passado”.

 

Da parte argentina há também esforço em conquistar novos mercados. No mês passado começaram os embarques das transmissões MQ 281 a partir de Córdoba, que têm como destino fábricas da Europa. No fim do ano começa a ser produzido o SUV do Projeto Tarek – que terá outro nome –, também com maior parte do volume destinada a outros países.

 

Di Si não relega o mercado doméstico. Por aqui, até a segunda-feira, 17, as vendas de modelos Volkswagen cresceram 15,2%, somando 47,2 mil unidades, em um mercado com alta de 3,9% no mesmo período, de acordo com números do presidente. Com novidades a caminho – como o SUV Nivus, prometido para daqui a dois meses – a expectativa é a de seguir ganhando participação, mas com um olho bem fixo nas planilhas para garantir o lucro.

 

Por fim, ao ser indagado sobre o up! e a fábrica de Taubaté, SP, o presidente – que passou o fim de semana em reuniões na matriz, na Alemanha – adiantou: “Em 48 horas faremos um anúncio importante para o Brasil”.

 

Estaremos de atalaia permanente na quinta-feira, 20.

 

Foto: Divulgação.