Mogi Guaçu, SP – A Volkswagen Argentina será ainda mais exportadora do que já é. Após concluir o investimento de US$ 1 bilhão nas fábricas de Pacheco e Córdoba, o ritmo de caminhões com produtos VW rumo aos portos avançará de forma considerável: o presidente para a região, Pablo Di Si, estima que somente do projeto Tarek, previsto para entrar nas linhas até o fim do ano, 70% do volume será exportado.
“Atualmente exportamos 70% da produção argentina. Da fábrica de Córdoba, onde a Volkswagen produz câmbio, 95% é exportado. São transmissões como a MQ 281, de seis velocidades, 100% destinada a outros mercados. Foi uma conquista importante porque vencemos uma concorrência interna com outras fábricas”.
A unidade recebeu US$ 150 milhões do plano atual para produzir a nova caixa de câmbio. Os outros US$ 850 milhões foram para Pacheco: está em fase final de instalação uma nova plataforma, de onde, até o fim do ano, sairá o SUV do projeto Tarek – e Di Si jura que o nome do modelo ainda não foi definido oficialmente.
Parte da preocupação em ampliar a vocação exportadora das fábricas argentinas tem origem na própria situação do mercado local. Embora Di Si acredite que o fundo do poço já fora alcançado, a expectativa é a de volumes pouco maiores em 2020 na comparação com 2019 – que apresentou queda de 43%. E começa a afetar outros elos da cadeia.
“A falta de crédito no mercado é um grande problema que o setor está enfrentando e isso afeta mais os fornecedores menores, que dependem mais dos financiamentos disponíveis. Essa questão da falta de crédito e a inflação são os principais problemas que afetam a Argentina”.
Plano 2030 – O programa que visa a estimular o setor automotivo argentino, apresentado no fim do ano passado, ajudará a indústria, acredita Di Si. Ele evitou, porém, comparações com o Rota 2030 – cada mercado tem a sua característica, ressalta:
“O programa pode ajudar toda a cadeia a se recuperar da crise, principalmente no caso dos fornecedores menores. Eles poderão voltar a ter acesso ao crédito, algo muito necessário para as operações deles”.
Sobre as ousadas metas envolvidas no programa, como a produção de 1,8 milhão de veículos na Argentina até 2030, Di Si disse que independente de atingi-las, ou não, o importante é incentivar a indústria local.
Foto: Divulgação.
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