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28/05/2020

Nissan muda rota e busca expansão sustentável

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Foto Jornalista Redação AutoData

Redação AutoData

São Paulo – O plano de negócios apresentado pela diretoria da Nissan na quinta-feira, 28, em Yokohama, Japão, sinalizou mudança brusca na rota escolhida pelo seu ex-CEO, Carlos Ghosn, nos últimos anos. Em vez de inflar a expansão e avançar sobre diversos mercados ao mesmo tempo a diretoria buscará, agora, fortalecer a presença onde já tem boa participação e aproveitar os benefícios da aliança com a Renault e com a Mitsubishi em outras regiões.

 

O foco foi definido: Japão, China e América do Norte. Não significa que abandonará Europa e América do Sul – nestes a Aliança ajudará a manter o negócio, como foi adiantado pela direção da Aliança Renault Nissan Mitsubishi na quarta-feira, 27. Porém fábricas serão fechadas em Barcelona, Espanha, e na Indonésia, concentrando na Tailândia o abastecimento do Sudeste Asiático. A Nissan sairá da Coreia do Sul e descontinuará a Datsun na Rússia.

 

“Nosso plano de transformação tem o objetivo de assegurar crescimento estável em vez da expansão excessiva de vendas”, disse o CEO Makoto Uchida. “Nós nos concentraremos agora em nossas competências chave e em aprimorar a qualidade do nosso negócio, mantendo a disciplina financeira e focando na receita líquida por unidade, para obter lucratividade. Esta estratégia coincide com a restauração da cultura definida como Nissan-ness, para uma nova era”.

 

O objetivo da Nissan é alcançar 5% de margem de lucro operacional e 6% de fatia do mercado global de veículos até o fechamento do ano fiscal de 2023. No ano fiscal encerrado em março a companhia registrou prejuízo e margem negativa de 0,4%, com participação de 5,8% nas vendas mundiais.

 

Para tanto reduzirá sua capacidade produtiva em 20%, para 5,4 milhões de unidades, e buscará a utilização de mais de 80% da sua base produtiva instalada. Haverá redução dos atuais 69 para menos de 55 modelos em todo o mundo, dos quais doze lançados nos próximos dezoito meses – com foco em elétricos e nos segmentos C e D.

 

Nada foi dito, especificamente, sobre o Brasil. A companhia mantém no País fábrica em Resende, RJ, onde produz March, Versa e Kicks – mas a aliança sinalizou que as unidades produtivas regionais deverão entregar modelos das marcas Nissan e Renault.

 

Foto: Divulgação.