São Paulo – O lançamento do caminhão elétrico Volkswagen e-Delivery está programado para ocorrer no primeiro semestre do ano que vem, apesar de o cronograma inicial estipulado pela montadora ter sofrido atrasos por causa da pandemia da covid-19, que paralisou a produção de veículos no País no segundo trimestre.
O atraso no cronograma foi divulgado pelo presidente Roberto Cortes durante o Seminário AutoData Megatendências do Setor Automotivo, a Revisão das Perspectivas 2020, na primeira semana de julho: "A pandemia provocou um certo atraso no planejamento, de dois a três meses, mas o lançamento do e-Delivery está programado para acontecer em algum momento no primeiro semestre do ano que vem”.
A programação original indicava o início da produção neste ano, após período de testes na pista da fábrica de Resende, RJ, e em operadores de transportes de bebidas – a Ambev faz parte do chamado e-Consórcio que desenvolveu o modelo.
As linhas de produção em Resende vinham sendo preparadas desde o ano passado para receber o modelo elétrico. A inserção dele na fábrica demandou investimento de R$ 110,8 milhões em modificações nas estruturas e na aquisição de novos equipamentos.
Segue incerto como será o modelo de negócio que a montadora utilizará para comercializar o veículo no País. Existe a possibilidade de que integre projetos de mobilidade em transportadoras nos moldes do caminhão como serviço, quando o cliente paga pela utilização do veículo, por exemplo, por quilômetro rodado — ou pelo consumo de energia utilizado, pois as baterias são item chave na mobilidade elétrica.
O mercado se desenha promissor quando são avaliadas projeções a respeito do aumento da demanda nas entregas urbanas. E, se antes o Volkswagen e-Delivery aparecia como único competidor neste campo, agora outra montadora aparece disposta a explorá-lo: os caminhões FNM, ou Fenemê, desta vez construídos sob chassi eletrificado na Agrale, em Caxias do Sul, RS.
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