São Paulo – A recuperação do mercado brasileiro está concentrada em automóveis e em veículos comerciais leves. Segundo dados divulgados pela Fenabrave na manhã da sexta-feira, 2, o segmento puxou o crescimento em 13,3% nas vendas sobre agosto, para o melhor resultado mensal do ano: 207,7 mil unidades, como antecipou a Agência AutoData. O saldo ainda é negativo na comparação com setembro de 2019, queda de 11,5%, e no acumulado do ano, vendas 32,3% inferiores, somando 1 milhão 374 mil unidades.
As vendas de veículos leves cresceram 13,4% na comparação de setembro com agosto, para 198,8 mil unidades. As de caminhões, na mesma base comparativa, caíram 8,3%, para 7,4 mil unidades, e as de ônibus cederam 13,6%, somando 1,5 mil unidades.
Com relação a setembro de 2019 todos os segmentos caíram: leves 10,9%, caminhões 20,3%, e ônibus 33,9%. Também ficou negativa a comparação do acumulado de janeiro a setembro com os primeiros nove meses do ano passado: 32,9% em automóveis e comerciais leves, para 1,3 milhão de unidades, 16,2% em caminhões, para 62,6 mil unidades, e 34% em ônibus, somando 13,1 mil emplacamentos.
O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, afirmou em nota que já esperava volumes elevados em setembro: “O mercado vem se recuperando, visivelmente, desde julho, impulsionado pela manutenção da taxa Selic em nível baixo, pela manutenção da queda de inadimplência e a consequente melhora na aprovação de crédito, fazendo com que os clientes voltassem a efetivar a tomada de decisão para a aquisição de automóveis. O estímulo também está atrelado à própria pandemia, que tem feito as pessoas optarem pelo transporte individual ao invés do coletivo”.
Apesar da queda em caminhões ele projeta, ainda, forte demanda, e credita a queda a problemas na produção, causados pela falta de componentes e pela demora na reação da cadeia de fornecedores. Segundo ele há aumento nos pedidos já para 2021.
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