São Paulo – Os turbocompressores produzidos pela BorgWarner em Itatiba, SP, equiparão os motores de um novo cliente a partir do começo do ano que vem. A fornecedora, que completa 45 anos de presença no Brasil, acelera a produção na unidade, que também fornece turbos para os Volkswagen T-Cross e Nivus – este com 100% do volume produzido em São Bernardo do Campo, SP, equipado com componentes BorgWarner.
O gerente geral Vitor Maiellaro não revelou o nome do novo cliente, mas adiantou tratar-se de uma fabricante de veículos de passeio. Em reunião com a imprensa para celebrar o aniversário da companhia na noite de quarta-feira, 4, em São Paulo – em um drive-in, com cada jornalista em seu carro, respeitando as medidas de distanciamento – o executivo confirmou também o início de produção, em Brusque, SC, de motores start-stop para abastecer as linhas de dois clientes. E nas últimas semanas passou a fornecer motores de partida para os Hyundai HB20 1.0 turbo T-GDI e para a versão 1.6 Gamma do Creta.
São boas notícias em um ano complicado, em que a pandemia afetou os negócios da companhia. Segundo Maiellaro as vendas deverão cair em torno de 25% com relação ao ano passado, apesar da reação forte no quarto trimestre, tanto para equipamento original como para a reposição. O executivo disse que no fornecimento OEM a BorgWarner vê uma recuperação “em Nike”, em alusão ao símbolo da companhia estadunidense, e na reposição em V.
“Na reposição poderemos fechar o ano com os mesmos níveis de 2019, sem contar exportação. As vendas externas ainda não retomaram os volumes”.
Novos contratos estão sendo discutidos, também, no segmento de comerciais pesados, a origem da BorgWarner no Brasil – começou produzindo turbocompressores para motores diesel em 1975. “Estamos preparados para atender os projetos Euro 6 de montadoras de veículos comerciais”.
No mês passado a aquisição da Delphi Technologies foi concluída, transação que criou uma das vinte maiores companhias de autopeças do planeta. São mais de 48 mil funcionários em 99 unidades, com faturamento na casa dos US$ 15 bilhões. Maiellaro disse que, no Brasil, a união das duas empresas criou uma das dez maiores do País.
Por aqui, porém, as coisas ainda estão no estágio inicial. Os funcionários de Piracicaba, SP, onde era a Delphi, já receberam as boas vindas da BorgWarner e, agora, seguem buscando oportunidades e sinergias conjuntas. As duas empresas seguem independentes, ao menos por enquanto – e não há planos na matriz de extinguir a marca Delphi, que seguirá no aftermarket.
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