São Paulo — As perspectivas para o setor de motocicletas em 2021 foram apresentadas pela Abraciclo na quarta-feira, 27: a projeção é a de que a produção cresça 10,2% com relação a 2020, chegando a 1 milhão 60 mil unidades. O início da vacinação é um ponto chave para que a recuperação aconteça, segundo o presidente Marcos Fermanian.
O ano já começa com dificuldades, porém: o presidente revelou que a produção de janeiro recuará 50% por causa da pandemia, que voltou a ganhar força no estado do Amazonas, de onde sai a produção brasileira de motocicletas: "A maior dificuldade para o planejamento é saber como ficará a situação da pandemia nos próximos meses, mas esse impacto de janeiro já estava nos nossos radares".
O executivo espera que o governo consiga fazer com que a pandemia recue, avançando com a vacinação nacional para que os índices de contaminação e mortes voltem a recuar, como foi registrado durante o segundo semestre de 2020 e que permitiu que o setor voltasse a operar com mais fôlego.
Outro ponto de atenção das fabricantes nacionais é o acesso a matéria-prima, nacionais e importadas, dificuldade que começou no segundo semestre do ano passado e se acentuou no começo de 2021: "A cadeia da borracha, do aço e do alumínio tem sofrido um grande impacto de custo e estamos tentando absorver essa alta sem repassar ao consumidor final, mas é um desafio muito grande, assim como outros que teremos ao longo do ano".
A projeção de vendas no mercado interno é de incremento de 7,1% sobre 2020, com 980 mil unidades comercializadas: "O varejo está limitado à produção, que poderia ter uma projeção até maior, mas as incertezas atuais relacionadas à pandemia não permitem".
As exportações deverão crescer 18,5%, chegando a 40 mil unidades no ano, com o aquecimento do mercado puxando a retomada de volumes maiores. Mas para crescer o volume embarcado as fabricantes também terão que produzir mais, superando as dificuldades atuais.
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