São Paulo – Os trabalhadores da fábrica da General Motors em São José dos Campos, SP, aprovaram na quinta-feira, 4, a abertura do layoff proposto pela montadora no começo da semana. A suspensão dos contratos de trabalho começará a partir da segunda-feira, 8, e envolve seiscentos colaboradores, por dois meses, inicialmente – mas o acordo prevê a ampliação para até dez meses. Como contrapartida a GM garantiu estabilidade a todos os postos de trabalho no período.
Segundo relatou a GM ao sindicato o layoff precisou ser adotado por causa da falta de componentes para produção, problema que também afetou a unidade de Gravataí, RS, onde a mesma medida foi adotada, mas por lá os funcionários não possuem a garantia de estabilidade, de acordo com comunicado divulgado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
Neste período inicial do layoff, até o dia 8 de maio, não haverá segundo turno de produção da picape S10 em São José.
Renato Almeida, vice-presidente do sindicato, disse que o acordo só foi fechado por causa da garantia de estabilidade dos empregos: "Isso foi decisivo para a aprovação do layoff, conquistada depois de muita negociação da empresa com o sindicato. Estamos em um momento em que a preservação dos empregos é de extrema importância".
A fábrica da GM em São José dos Campos emprega 3,5 mil trabalhadores e os funcionários que aderirem ao layoff se juntarão ao grupo de 368 que estão com o contrato de trabalho suspenso desde abril de 2020.
Foto: Roosevelt Cássio/Divulgação.