São Paulo – Países da América do Sul estão demandando mais caminhões e ajudando a alavancar as exportações brasileiras do segmento. Segundo a Anfavea no primeiro bimestre os embarques somaram 3,3 mil unidades, 86% acima do volume enviado ao Exterior em janeiro e fevereiro de 2020. O volume foi considerado relevante por Marco Saltini, vice-presidente da entidade, embora tenha ressaltado a procura por pesados no começo do ano passado estava desaquecida.
Pedidos chegam de países como Argentina, Chile e Peru, os três citados por Saltini como os que mais aumentaram a disposição de compra no início do ano. Parte desse aumento também foi puxada pela recomposição dos estoques em todos os países da região, afetados durante 2020 com a paralisação de fábricas por causa da pandemia da covid-19.
A recuperação do mercado argentino foi um dos impulsionadores mais relevantes no período, com aumento de 10% nos embarques brasilerios ante 2020, resultado da demanda aquecida do agronegócio. O mercado argentino registrou aumento de 31% nas vendas de caminhões até fevereiro, com 2,5 mil unidades
No Chile a recuperação foi puxada pela mineração e por lá as vendas de caminhões cresceram 11,8% no bimestre, com 2,2 mil unidades. No Peru a maior demanda por caminhões é reflexo de renovação de frota nacional, que registrou alta de 4,8% nas vendas do bimestre, 2,6 mil veículos.
O segmento de caminhões pesados representou a maior parte das exportações, com 1,3 mil unidades embarcadas, alta de 59% com relação ao primeiro bimestre de 2020. Os semipesados somaram 1 mil embarques, volume 124,8% maior na mesma base comparativa. As vendas externas de médios tiveram crescimento de 40,2%, com 230 veículos exportados, enquanto os leves somaram 665 unidades, incremento de 107,8%, e os semileves chegaram a 68 unidades embarcadas e a crescimento de 871,4%:
"A demanda por caminhões leves e semileves cresceu por causa do e-commerce, que durante a pandemia registrou uma expansão relevante e demandou por mais veículos de distribuição urbana. É um movimento que está acontecendo em todo o mundo".
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