São Paulo — Adriano Rishi assumiu em 1º de maio a presidência da Cummins no Brasil e, com pouco mais de um mês no cargo, já tem claro o planejamento que a empresa deverá seguir nos próximos anos. Em entrevista exclusiva a AutoData ele pontuou as expectativas da matriz acerca de operação local e como pretende guiá-la sob sua gestão.
O principal ponto da estratégia é equacionar a transição da oferta da companhia para as novas tecnologias, algo que a Cummins executa com maior ênfase na Europa e nos Estados Unidos por causa das exigências que ambas as regiões demandam em termos de emissões. Se no Exterior a eletrificação é a bola da vez, por aqui há outras oportunidades.
"Os motores movidos a diesel seguem ocupando um papel importante na matriz energética, mas já estamos olhando para aplicações de outros tipos de combustíveis em nossos motores, sobretudo etanol", disse Rishi, que está na companhia desde 1995, com breve hiato em 2001, quando trabalhou na Ford por poucos meses.
Outro ponto citado por ele é a consolidação de algumas unidades de negócios, como é o caso da usinagem de componentes de motores para exportação intercompany. Os trabalhos nesse campo se iniciaram há dois anos como uma forma de ocupar a capacidade da fábrica de Guarulhos, SP, que vinha em queda por causa dos baixos volumes que, naquele momento, o mercado de veículos comerciais apresentava. "Hoje a área de usinagem está com um nível de utilização de 65%, com uma operação em três turnos para atender às demandas das outras unidades da Cummins ao redor do mundo. Esta unidade está ajustada para atender ao volume de pedidos que temos, mas a ideia é expandir as exportações para aproveitar o câmbio favorável."
Ainda sobre a fábrica de Guarulhos, o presidente da Cummins afirmou que a unidade passa por uma espécie de enxugamento dos processos e das áreas que funcionam lá dentro. Houve mudanças, segundo ele, na área de produtos de pós-tratamento de emissões, que passou a ter a aplicação de robôs em sua montagem.
Outra oportunidade de negócio vista como prioridade pela companhia está nas demandas dos motores Euro 6. Segundo Rishi a empresa segue com cronograma de desenvolvimento com vistas a 2023, quando deverá entrar em vigor a norma de emissões no País.
A entrevista concedida aos jornalistas de AutoData, para a seção From the Top, está na edição 378 da revista AutoData, disponível de forma gratuita clicando aqui.
Foto: Divulgação.