São Paulo – Pela primeira vez desde o início da pandemia as vendas mensais de veículos ficaram abaixo do seu igual de 2020. Foi em agosto, quando os 173 mil 817 emplacamentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus representaram recuo de 5,2% na comparação com as 183,4 mil unidades licenciadas em agosto do ano passado, de acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData.
Em julho os volumes se aproximaram, mas cerca de 1 mil unidades deram vantagem ao de 2021 sobre o de 2020. Junho, maio, abril e março deste ano registraram volumes superiores aos seus iguais de 2020, completando as comparações do período pandêmico.
Na comparação com julho o mês passado registrou leve recuo de 1%, com média diária de 7,9 mil unidades/dia. Foi a quarta queda consecutiva de volume de um mês para o outro, justificada pela falta de veículos nas concessionárias, de acordo com fontes ligadas ao varejo.
O cenário de agosto foi prejudicado por diversas paradas: Fiat, GM, Renault, Toyota e Volkswagen são exemplos de fábricas que tiveram seu ritmo prejudicado pela falta de semicondutores, situação que já se arrasta há alguns meses e deverá perdurar por mais um período, segundo executivos do setor.
Os estoques, que já estavam em níveis historicamente baixos, foram ainda mais reduzidos. O consumidor que deseja um carro 0 KM precisa ter paciência para receber o seu.
No acumulado do ano o saldo de vendas ainda é positivo: as 1,4 milhão de unidades comercializadas de janeiro a agosto representam 22% de crescimento sobre os 1,1 milhão de veículos vendidos nos primeiros oito meses de 2020.
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