São Paulo – As vendas de veículos importados das onze marcas associadas à Abeifa somaram 1,6 mil unidades em outubro, queda de 39,4% ante outubro do ano passado e de 14,6% ante setembro. Para o presidente João Oliveira a retração é resultado, mais uma vez, da falta de produto para atender aos clientes:
"Tanto na importação como na produção nacional, mais uma vez, as nossas associadas não conseguiram atender à demanda potencial por causa da falta de produtos em consequência do abastecimento instável de semicondutores. Infelizmente a indústria automotiva internacional deve ser impactada por falta de insumos ao longo do próximo ano. Isso tem provocado fila de espera por vários modelos".
Oliveira também está preocupado com a renovação da LETEC, lista de exceção na qual estão os veículos híbridos e elétricos e que garante imposto de importação de 0% a 7%, dependendo da eficiência energética, e que vence em 31 de dezembro. Caso a renovação do regime de importação não ocorra a operação das associadas no País poderá sofrer ainda mais em 2022.
De janeiro a outubro os emplacamentos de importados chegaram a 21,4 mil veículos, queda de 4,9% ante igual período do ano passado. Até agosto as vendas acumuladas eram positivas, mas após as quedas em setembro e outubro o cenário mudou.
A última projeção da Abeifa indicava vendas em torno de 30 mil unidades em 2021. Restando, porém, apenas dois meses de vendas e com média de emplacamentos abaixo de 2 mil unidades no último bimestre, dificilmente as vendas de importados chegarão à expectativa divulgada.
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