São Paulo — A Usadosbr, plataforma online que conecta revendedores de veículos a possíveis compradores, projeta forte crescimento em 2022, com cerca de 2 milhões a 2,5 milhões de unidades anunciadas no site, que deverão se converter em vendas até dezembro. Na comparação com 2021, quando os anúncios passaram de 1 milhão de veículos e, na maioria dos casos, tornaram-se vendas fechadas, a expansão será de três dígitos.
De olho no crescimento desse mercado a empresa realizou a aquisição da plataforma motobr em 2021, dedicada ao segmento de duas rodas e que possui o mesmo formato da Usadosbr, e projeta até 200 mil anúncios de motocicletas no ano. Caso a meta seja atingida o crescimento será de 53,8% ante 2021, quando o site registrou cerca de 130 mil anúncios.
As informações foram divulgadas pelo CEO da empresa, Mênfis Augusto. Ele contou quem são os anunciantes das plataformas: "Atualmente existem cerca de 60 mil CNPJ de revendas, com uns 35 mil ativos. Na maioria das vezes é um negócio menor, familiar, e que precisa avançar na digitalização, por isso temos o foco nessas lojas".
A ideia é trazer essas pequenas empresas para as vendas online, tornar o negócio delas mais forte, considerando o momento atual do mercado, para que elas consigam competir com outras empresas, que são maiores e já comercializam seus veículos pela internet.
A partir do primeiro trimestre de 2022 a Usadosbr avançará em uma nova área de negócios, ajudando na gestão do negócio das revendas, a partir do CRM, painel de vendas digital, com a utilização de software próprio para isso, que será lançado e ofertado ao mercado nos próximos meses. Atualmente a empresa também é responsável pela operação online do site de quatrocentas revendas.
Com relação ao mercado de veículos novos, no qual, a demanda é maior do que a oferta por causa da crise dos componentes eletrônicos que afeta a produção, Augusto não acredita que situação se resolverá antes de 2023, a partir de informações coletadas com montadoras e concessionários: "Melhorará um pouco, mas ainda restará um déficit em torno de 10% de produção".
Esse cenário seguirá causando impacto sobre o mercado de seminovos, elevando o preço dos veículos, mas não no mesmo ritmo do ano passado, quando a alta média foi de 26%, de acordo com o executivo. O recuo dos preços deverá acontecer quando a produção dos zero quilômetro acompanhar a demanda.
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