São Paulo – Mesmo com paradas nas linhas de produção por causa da dificuldade na obtenção de semicondutores e outros insumos, as montadoras fabricaram no mês passado 13,5 mil caminhões, volume 18,8% superior ao de fevereiro e 8,5% maior do que o de um ano atrás. Com isso, o setor registrou o melhor março desde 2014 e o melhor desempenho mensal desde novembro de do ano passado.
Os dados, divulgados pela Anfavea na sexta-feira, 8, mostram que o trimestre também foi o melhor dos últimos oito anos. As 34,4 mil unidades fabricadas superam em 3,9% o intervalo de janeiro a março do ano passado.
Para o vice-presidente da Anfavea, Marco Saltini, os resultados refletem o fato de a demanda pelo produto continuar em alta. “As empresas tentam cumprir com seus planejamentos e, apesar de toda a falta de componentes e semicondutores, as áreas de logística estão trabalhando para que se consiga seguir produzindo.”
Foram comercializados 10,1 mil caminhões em março, o melhor mês do ano, o que representou avanço de 24,3% ante fevereiro, apesar de recuo de 6,5% frente a igual mes em 2021.
Saltini afirmou que os emplacamentos foram puxados principalmente por modelos pesados, que equivaleram a 44% das vendas no mês passado, apesar de terem tido pequena queda de 3% no licenciamento. Somados os semipesados, perfazem quase 75% do volume total.
No trimestre foram vendidas 26,9 mil unidades, 3% mais do que de janeiro a março do ano passado e montante superior ao desempenho no mesmo período em 2020, com 20,1 mil caminhões, e 2019 também, com 21,5 mil veículos. “Trata-se de um volume interessante, caminhões continuam em um bom ritmo apesar das dificuldades.”
Quanto às exportações, embora no mês passado as 2 mil unidades tenham significado expansão de 40,8% em relação a fevereiro e de 5% ante março de 2021, no trimestre os 4,7 mil caminhões embarcados estão 11,3% abaixo do período de janeiro a março do ano passado.