São Paulo – As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somaram 147,2 mil unidades no mês passado, volume 16% inferior ao do mesmo mês em 2021 mas 0,3% acima do registrado em março, mês que teve três dias úteis a mais do que abril. Essa recuperação na média diária foi o ponto destacado por José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave, na terça-feira, 3.
Mesmo com o saldo negativo do acumulado dos quatro primeiros meses, queda de 21,4%, para 552,8 mil unidades, diante do resultado do mesmo período do ano anterior, Andreta Júnior preferiu destacar o lado otimista. Especialmente no segmento de veículos leves, cujo crescimento chegou a 1%, para 136,3 mil unidades, o presidente acredita haver uma recuperação: “Foi o melhor resultado nos emplacamentos de automóveis no ano. Apesar de os volumes estarem em um patamar inferior ao do ano passado pode significar uma reversão da tendência de queda registrada no primeiro trimestre”.
O saldo do quadrimestre foi negativo nos segmentos de automóveis e comerciais leves, com volume 22,8% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, ou 510,9 mil unidades. Andreta Júnior citou a conjuntura internacional, ainda mais abalada com a guerra da Ucrânia, e a situação econômica do Brasil, com elevada inflação e taxas de juros crescentes, para justificar a queda.
Em caminhões o resultado de abril, 9,4 mil emplacamentos, foi negativo comparado com março, 7,5%, e abril do ano passado, 4,4% de queda. No primeiro caso o presidente da Fenabrave justificou pela menor quantidade de dias úteis – na média o segmento cresceu 7,1% no mês –, mas há problemas de falta de peças e componentes que prejudicam a produção, ainda que em menor escala do que nos veículos leves.
No acumulado do ano as vendas de caminhões avançaram 1,6% sobre janeiro a abril do ano passado, para 36,1 mil unidades.
Em ônibus o saldo acumulado também foi positivo, alta de 3,5%, com 5,8 mil unidades comercializadas. O segmento registrou crescimento também na comparação mensal com abril do ano passado, com alta de 9%, para 1,5 mil unidades, volume 14,5% inferior ao registrado em março.
“Esse segmento está com resultados positivos no quadrimestre em função do crescimento do volume de passageiros transportados, como reflexo do aumento de preço dos combustíveis. Vale ressaltar que as oscilações costumam ser mais altas por causa da base baixa de comparação com os anos da pandemia.”