São Paulo – A primeira reunião de representantes da direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com os da Mercedes-Benz, na terça-feira, 13, terminou sem avanços. O sindicato informou, em nota, que buscará esgotar alternativas durante as negociações e não aceitará a demissão de 3,6 mil trabalhadores até o fim do ano.
De acordo com o sindicato foram apresentados pelos representantes da empresa números referentes à situação econômica da planta e das áreas envolvidas no projeto de terceirização desejado. O objetivo é terceirizar atividades como logística, manutenção, fabricação e montagem de eixos dianteiros e da transmissão média, ferramentaria e laboratórios, hoje feitas internamente.
A entidade reiterou que, como deixou claro que não aceitará a dispensa de trabalhadores, as partes nem chegaram a falar em PDV, programa de demissão voluntária, ferramenta vista pelo sindicato como última alternativa e cogitada pela montadora para efetuar o desligamento de 2,2 mil empregados. Os outros 1,4 mil temporários não deverão ter seus contratos renovados.
Como forma de protesto à decisão da empresa o sindicato organizou paralisação nas linhas de produção da quinta-feira, 8, ao sábado, 10. Desde segunda-feira, 12, entretanto, a fábrica opera normalmente.
A próxima conversa será realizada esta semana, ainda sem dia certo. A empresa assinalou que se manifestará quando as negociações com o sindicato chegarem ao fim.