São Paulo — Animado com 2023, o ano de lançamento da GWM no Brasil, o chefe comercial no País, Oswaldo Ramos, contou em sua apresentação no Congresso AutoData Perspectivas 2023 que foi dada a largada para a estreia de nova geração do SUV Haval H6 híbrido plug-in no mercado nacional. Esta versão, segundo ele, não existe ainda em nenhum lugar do mundo.
O primeiro lote, composto por veículos que serão apresentados em novembro e para test drives ofertados em shoppings centers a partir do ano que vem, está em fase final de produção. O modelo, que também será oferecido por meio de assinaturas, começará a ser entregue em maio:
“Queremos que o consumidor brasileiro tenha uma experiência real com eletrificação. Por isto a autonomia oferecida no modo elétrico com o Haval H6 é de 200 quilômetros”.
No Brasil o modelo passará por alterações estilísticas, com mudanças de cores, acabamentos e rodas. Ramos assegurou que, a partir de acordos com 28 grupos parceiros – que serão anunciados em novembro – no primeiro semestre do ano que vem haverá 100% de cobertura nacional com 46 pontos de venda e trinta centros de distribuição regional de veículos e peças.
“Nosso pulo do gato é o novo formato de varejo que permite a nossa presença nos 5,5 mil municípios brasileiros. Assinatura é um dos pilares, mas o ponto principal é a distribuição.”
Segundo o executivo a jornada do cliente está mais digital: “O processo de venda, portanto, pode ser online, e a entrega do veículo poderá feita por meio de delivery, na casa do cliente”.
Mesmo o serviço de pós-venda também poderá ser feito no sistema de retirada e devolução, e se for necessário um reparo mais longo a empresa fornecerá um carro cortesia enquanto leva o outro para fazer o serviço.
A locadora da GWM também fornecerá os carros para test drive: “Ela faz parte orgânica da nossa empresa. E a remuneração será feita de forma igual à rede de distribuidores”.
Ramos assinalou que o Brasil é prioridade para poucas montadoras , ocupando, geralmente, os últimos lugares da lista: “Não é o caso da GWM. O Brasil continua, nos altos e baixos, independente do governo, sendo um dos mercados Top 10 do mundo, e nunca saiu dessa classificação. É um mercado aberto, não existe barreira aos investimentos. É importante ter previsibilidade, manutenção das regras de negócio. Os impostos são complicados no País mas se não mudarem muito já ajuda demais. Há uma infraestrutura disponível de fornecedores, gente e concessionários motivados conosco para começarmos uma marca do zero”.
Produção local – A partir do ano que vem a GWM contatará fornecedores para que, em 2024, tenha início a produção em Iracemápolis, SP, na antiga fábrica da Mercedes-Benz: “Testaremos o mercado brasileiro e produziremos a versão que tiver escala. Se precisar de versão compacta, nós traremos. É o consumidor que ditará as regras”.
O Haval H6, no entanto, não será fabricado localmente: “Ele é importado e, por utilizar novo powertrain, chegará movido a gasolina. O nosso motor flex está em desenvolvimento: já demos os primeiros passos. E a ideia é que os primeiros carros montados em Iracemápolis sejam híbridos flex”.
A produção local começará por outros produtos, entrando no mercado de picapes e SUVs, sendo que as picapes terão maior índice de localização do que os SUVs, de luxo, com mais componentes importados. A ideia é começar com 10% de nacionalização e, até 2026, chegar a 50%.
“Estamos finalizando, neste trimestre, projeto de uma nova picape, que ainda não é conhecida globalmente.”
Até o fim de 2024 a ideia da GWM é ter 133 pontos de venda no País.