São Paulo – Trezentos dos 6 mil trabalhadores da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, SP, entrarão em férias coletivas por um mês a partir de 3 de abril, informou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A companhia confirmou a medida por meio de nota enviada à reportagem.
Disse a companhia que a necessidade de ajuste na produção “é resultado da falta de componentes da indústria automotiva global e nacional e também da adequação dos volumes de vendas do mercado de veículos comerciais”.
Aroaldo da Silva, diretor executivo do sindicato, disse que há problemas também no financiamento para o segmento, que teve mudança de tecnologia de motorização por causa da alteração na legislação de emissões, agora equivalente a Euro 6, e que encareceu os produtos.
“Tivemos complicadores macroeconômicas, mas estamos tendo problemas para o financiamento dos caminhões, porque é preciso aprimorar a linha de crédito para o Euro 6. Temos problemas com a alta taxa de juros. O preço do capital [para financiamento] é muito mais alto.”
Nos últimos dias pelo menos outras quatro montadoras lançaram mão de férias coletivas para equilibrar a demanda: General Motors, Hyundai, Stellantis e Volkswagen. A Mercedes-Benz é a primeira do segmento de comerciais pesados a tomar esta decisão.